Em mais de 20 capitais houve protestos, entre elas Rio de Janeiro, Bras�lia, Recife e S�o Paulo, onde, apesar do frio, a multid�o encheu 10 quarteir�es da Avenida Paulista.
"Temos mais de 2 mil mortos por dia. Perdemos mais de 500 mil pessoas por causa de uma doen�a para a qual existe vacina. Queria estar em casa, mas cabe a n�s sair �s ruas para deter esse projeto pol�tico que � a destrui��o do Brasil. Bolsonaro, ou�a o povo", disse a estudante Tita Couto, 21, que participou com amigos da manifesta��o em S�o Paulo.
Muitos manifestantes exibiam cartazes com o n�mero 500.000, referindo-se aos mortos por causa da doen�a. "Fora Bolsonaro!", "Fora genocida!", "Governo da fome e do desemprego", "Vacina j�!" e "Vacina no bra�o e comida no prato" foram palavras de ordem que se repetiram nas manifesta��es.
A lentid�o da campanha de vacina��o tamb�m mobilizou as pessoas. "� muito frustrante", disse Felipe Rocha, 34, que ter� que aguardar mais um m�s para receber a primeira dose.
No fim da tarde, a temperatura caiu e come�ou a chuviscar em S�o Paulo, mas a multid�o cresceu. Torcedores de Corinthians e Palmeiras marcaram presen�a, agitando bandeiras "pela democracia".
Mais cedo, no Rio de Janeiro, milhares de pessoas se reuniram no centro da cidade para repudiar a atua��o de Bolsonaro. "A postura dele com rela��o � Covid e ao negacionismo � absurda. Ele j� fugiu da realidade, do bom senso, n�o tem mais explica��o. E t�o surreal", comentou o fot�grafo Robert Almeida, 50.
Os atos foram convocados pelas frentes Brasil Popular e Povo sem Medo, formadas por dezenas de organiza��es sociais e sindicais, apoiadas por partidos e l�deres pol�ticos, entre eles o ex-presidente Luiz In�cio Lula da Silva (2003-2010), que n�o participou da manifesta��o.
Lula lamentou hoje no Twitter o n�mero de �bitos pela Covid. "Quinhentos mil mortos por uma doen�a que j� tem vacina, em um pa�s que j� foi refer�ncia mundial em vacina��o. Isso tem nome e � genoc�dio."
O Brasil � o segundo pa�s no ranking de mortalidade da pandemia.
S�O PAULO