O Ex�rcito sul-africano mobilizou seus reservistas, e o governo se preparava na quinta-feira, 15, para enviar milhares de soldados �s ruas para conter a viol�ncia que abala o pa�s h� quase uma semana e j� deixou 117 mortos.
Em entrevista coletiva na quinta-feira, a ministra interina do gabinete do presidente Cyril Ramaphosa, Khumbudzo Ntshavheni, explicou que 26 das mortes ocorreram na regi�o de Johannesburgo e 91 na Prov�ncia de KwaZulu-Natal, lar do grupo �tnico zulu. Al�m disso, 2.203 pessoas foram presas.
Johannesburgo estava em relativamente calma ontem, ap�s uma onda de saques e inc�ndios que se espalhou no fim de semana na esteira dos primeiros incidentes na regi�o zulu (leste), ligados � pris�o do ex-presidente Jacob Zuma,
Por conta pr�pria, em um pa�s onde poucos podem contar com um Estado cronicamente deficiente, v�rios moradores come�aram a limpar e reparar os estragos.
No centro de Johannesburgo, muitas lojas permaneceram fechadas ontem, enquanto alguns comerciantes, propriet�rios e funcion�rios esvaziavam suas vitrines. As ruas estavam bloqueadas por barricadas e carca�as de carros incendiados.
"Os danos s�o terr�veis. As pessoas est�o tentando salvar o que podem", relatou Michael Sun, chefe da seguran�a na capital econ�mica do pa�s, do partido de oposi��o Alian�a Democr�tica. "E a pior parte � que muitos comerciantes n�o t�m seguro. Eles n�o t�m a quem recorrer para pedir indeniza��o."
Pela manh�, nenhum novo local de saque foi relatado na cidade. Ainda assim, o Ex�rcito se preparava para aumentar suas tropas nas ruas, com o objetivo de estabilizar essa relativa calma em Johannesburgo e pacificar as zonas mais tensas - em particular, as grandes cidades de Kwazulu-Natal (KZN, leste), Durban e Pietermaritzburgo, onde os incidentes continuavam.
A rodovia que liga Johannesburgo a Durban foi liberada de seus �ltimos bloqueios, colocados no dia seguinte � pris�o de Jacob Zuma. Envolvido em v�rios esc�ndalos de corrup��o, o ex-presidente continua popular em sua regi�o de origem.
Na segunda-feira, Ramaphosa autorizou o envio de 2,5 mil soldados. Dois dias depois, o governo dobrou esse n�mero. Algumas horas mais tarde, o Minist�rio da Defesa anunciou sua inten��o de mobilizar 25 mil soldados para lidar com a emerg�ncia.
O surto de viol�ncia � alimentado por problemas sociais preexistentes, como extrema desigualdade, desemprego e altos n�veis de criminalidade no pa�s, al�m da pandemia de covid-19. (Com ag�ncias internacionais)
As informa��es s�o do jornal O Estado de S. Paulo.
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