Os inc�ndios cobraram suas duas primeiras v�timas na Gr�cia, ambas no norte de Atenas: um homem de 38 anos atingido por um poste de energia el�trica e um trabalhador industrial encontrado inconsciente em sua f�brica, que morreu no hospital. Al�m disso, 18 pessoas ficaram feridas, entre elas dois bombeiros volunt�rios em estado cr�tico.
O fogo assola h� dias v�rios lugares da parte leste do Mediterr�neo, abalada pela pior onda de calor em d�cadas, em um desastre que autoridades e especialistas vinculam � mudan�a clim�tica.
Nesta sexta, a capital grega estava imersa em um cheiro forte e sob a fuma�a de um inc�ndio que se reativou na quinta-feira � tarde (5), no sop� do monte Parnitha, ap�s ter queimado mais de 1.200 hectares desde ter�a-feira.
Os tr�s maci�os que circundam Atenas estavam escondidos por tr�s da fuma�a espessa, assim como o Monte Licabeto, localizado no centro da cidade.
Na cidade de Afidnes, 30 km ao norte, as chamas arderam toda noite, deixando uma paisagem de desola��o, ve�culos carbonizados, casas destru�das e �rvores queimadas, segundo rep�rteres da AFP.
Pr�ximo ao local, em Krioneri, o fogo queimou casas, empresas e f�bricas. "O inc�ndio est� incontrol�vel. N�o quero ir embora. Toda minha vida est� aqui", disse Vassiliki Papapanagiotis, abalado.
Um trecho da rodovia que conecta a capital com o norte e com o sul do pa�s foi bloqueado por precau��o e 2.000 migrantes foram retirados de um acampamento de refugiados pr�ximo dali.
Ao menos 450 bombeiros gregos, apoiados por refor�os a�reos e terrestres de Fran�a, Su�cia, Rom�nia, Su��a, Israel e Chipre, combatiam nas diferentes frentes.
- "Situa��o extremamente cr�tica" -
"Nosso pa�s enfrenta uma situa��o extremamente cr�tica", disse na quinta-feira � noite o primeiro-ministro grego, Kyriakos Mitsotakis, sobre as dezenas de inc�ndios que arrasam o pa�s.
"Enfrentamos condi��es sem precedentes, porque v�rios dias de onda de calor transformaram todo pa�s em um barril de p�lvora", afirmou.
Com temperaturas entre 40�C e 45�C, Gr�cia e Turquia vivem uma onda de calor excepcional e enfrentam v�rios inc�ndios que devoram florestas, casas e empresas.
Diante deste perigo extremo, as autoridades gregas proibiram a visita a florestas, parques nacionais e espa�os naturais at� segunda-feira (9).
O vice-ministro da Prote��o Civil, Nikos Hardalias, informou que 56 dos 99 inc�ndios declarados na quinta-feira permanecem ativos.
Na Turquia, ainda havia 12 focos foram de controle dos 208 registrados desde o final de julho no sul do pa�s. No total, oito pessoas morreram, e dezenas foram hospitalizadas.
V�rios turistas e moradores foram evacuados das �reas afetadas. Na ilha grega de Eubeia, alguns monges foram retirados � for�a, ap�s se negarem a abandonar seus mosteiros.
Na tur�stica Gytheio, no sul do Peleponeso, 5.000 pessoas foram obrigadas a deixar suas casas e ir para uma cidade vizinha.
- Erdogan em apuros -
Na Turquia, no porto de Oren, Hulusi Kinic rejeitou na quinta-feira se unir �s centenas de moradores evacuados por mar perto da usina termel�trica de Milas.
"Para onde voc�s querem que a gente v� na nossa idade?", disse este aposentado de 79 anos.
As chamas se aproximaram perigosamente da termel�trica, que armazena milhares de toneladas de carv�o.
A Presid�ncia turca informou que, segundo um relat�rio preliminar, "n�o havia danos nas unidades principais da central".
No 10� dia de crise pelos inc�ndios, cinco prov�ncias turcas continuam lutando contra o fogo.
A gest�o deste desastre est� colocando em apuros o presidente Recep Tayyip Erdogan, acusado pela oposi��o de ter usado apenas 1,75% dos 23 milh�es de d�lares or�amentados no primeiro semestre para prevenir os inc�ndios.
"� uma situa��o que pode inclusive ser definida como trai��o", disse � AFP o deputado do principal partido da oposi��o Murat Emir.
As chamas tamb�m levaram o governo da Maced�nia do Norte a declarar 30 dias de estado de emerg�ncia. E, na Alb�nia, nos B�lc�s, o ministro da Defesa afirmou que a situa��o � "cr�tica", devido � amea�a sobre lugares habitados.
Publicidade
AFIDNES
Gr�cia enfrenta situa��o cr�tica pelos inc�ndios, ainda ativos na Turquia
Publicidade
