
O golpe fracassou devido � resist�ncia dos moscovitas, liderados pelo presidente da Federa��o da R�ssia, Boris Yeltsin, e abriu o caminho para o fim da Uni�o das Rep�blicas Socialistas Sovi�ticas (URSS).
Tanques entram em Moscou
Na segunda-feira 19 de agosto, �s 6h20, a ag�ncia de oficial de not�cias TASS anunciou que Gorbachev, "incapaz de assumir suas fun��es por motivos de sa�de", havia sido substitu�do pelo vice-presidente Guennadi Yanayev.
Gorbachev, que liderou as pol�ticas da Perestroika (reestrutura��o) e Glasnost (transpar�ncia), estava de f�rias na Crimeia, no Mar Negro.
Os golpistas formaram o chamado "Comit� para o Estado de Emerg�ncia", que assumiu todos os poderes, ao mesmo tempo que blindados e ve�culos de transportes de tropas seguiram para Moscou.
Yeltsin sobe em um tanque
Desde o primeiro momento, o presidente da Federa��o da R�ssia assume a lideran�a da resist�ncia.
Ao meio-dia, Yeltsin, entrincheirado na "Casa Branca", sede do Parlamento russo, cercada de tanques, denuncia um "golpe de Estado de direita, reacion�rio e inconstitucional".
Em desafio aberto aos golpistas, Yeltsin, que tinha grande popularidade, exige que Gorbachev "possa falar ao povo".
Os moscovitas comparecem � pra�a diante do Kremlin onde Yeltsin, parado em um tanque, faz um apelo emocionado � greve geral e � desobedi�ncia civil.
Yeltsin conquista apoios
Milhares de moscovitas criaram barricadas ao redor da Casa Branca e permaneceram reunidos no local, com o temor de um ataque militar.
Na manh� de 20 de agosto, as pessoas dentro do edif�cio - incluindo deputados, ministros, artistas, m�sicos, entre eles o violoncelista Mstislav Rostropovich - receberam coletes � prova de balas, capacetes e m�scaras antig�s.
Tr�s unidades militares declararam apoio a Yeltsin e hastearam a bandeira da Federa��o da R�ssia, que virou o s�mbolo da resist�ncia.
Grupos de deputados percorreram os quart�is da regi�o de Moscou para convencer os oficiais a aderir � causa de Yeltsin, cujo apelo conseguiu reunir mais de 50 mil pessoas diante do Parlamento russo.
Uma dia de loucura
�s duas da manh�, aclamado pela multid�o, o ex-ministro das Rela��es Exteriores Eduard Shevarnadze se une a Yeltsin.
Ao contr�rio do que muitos temiam, as tropas golpistas n�o atacaram o edif�cio, mas tr�s jovens morreram quando tentaram bloquear o avan�o de uma coluna de blindados.
Na quarta-feira, 21, a decis�o do Parlamento russo de buscar Gorbachev na Crimeia marca o in�cio de um dia de loucura que terminou com a derrota do golpe.
O minist�rio da Defesa ordenou o retorno das tropas aos quart�is.
O dispositivo militar ao redor de Moscou chega ao fim, a censura e o toque de recolher foram suspensos e os decretos dos golpistas foram cancelados.
A televis�o exibe a sess�o do Parlamento da Federa��o da R�ssia.

Retorno de Gorbachev
Durante a noite de quarta-feira, Gorbachev retorna ao Kremlin, mas politicamente enfraquecido pela trai��o ou abandono de grande parte dos colaboradores que havia designado, a hesita��o das For�as Armadas e as d�vidas do Partido Comunista.
O golpe de Estado frustrado transformou Boris Yeltsin no verdadeiro dono do poder.
Em 8 de dezembro, R�ssia, Ucr�nia e Belarus declaram o fim da Uni�o Sovi�tica e no dia 25 Gorbachev apresenta sua ren�ncia.