Os dois artefatos explodiram ao por do sol, deixando ao menos seis mortos e v�rios feridos, segundo o hospital gerenciado pela ONG italiana Emergency em Cabul. Os talib�s fa�am de 13 a 20 mortos.
Uma densa camada de fuma�a subiu aos c�us enquanto afeg�os encharcados de sangue tentavam fugir. Os gravemente feridos foram transportados em carrinhos de m�o. Redes sociais exibiram imagens de uma crian�a agarrada ao bra�o de um homem com um ferimento na cabe�a.
"Sobreviventes, corpos e peda�os de carne foram jogados em um canal pr�ximo", descreveu � AFP Milad, uma testemunha ocular.
"Quando ouviram a explos�o, as pessoas entraram em p�nico. O Talib� come�ou a atirar para cima para dispersar as pessoas", acrescentou uma segunda testemunha.
"Eu vi um homem correndo com um beb� ferido nos bra�os."
Este homem garantiu que na confus�o perdeu todos os documentos que o teriam permitido embarcar em um voo com sua esposa e tr�s filhos.
"N�o quero mais voltar ao aeroporto. Malditos Estados Unidos, sua evacua��o e seus vistos", exclamou.
Segundo o porta-voz do Pent�gono, John Kirby, as duas explos�es mataram "v�rios militares americanos" e deixaram feridos nas tropas.
A apenas cinco dias do prazo estipulado pelos Estados Unidos para sua retirada, em 31 de agosto, ag�ncias de intelig�ncia ocidentais alertaram para um ataque iminente, e Joe Biden referiu-se ao risco de um ataque do bra�o regional do grupo Estado Isl�mico.
O Pent�gono afirmou que uma das explos�es ocorreu em frente ao Abbey Gate do aeroporto e a outra perto do Baron Hotel.
Abbey Gate � um dos tr�s pontos de acesso ao Aeroporto Internacional Hamid Karzai, onde milhares de afeg�os se reuniram nos �ltimos dias tentando fugir de radicais isl�micos.
O Baron Hotel, a cerca de 200 metros do Abbey Gate, foi usado por alguns pa�ses ocidentais para organizar evacua��es a�reas que come�aram em 14 de agosto.
Pouco depois dos ataques, um fot�grafo da AFP viu v�rios corpos chegando a um hospital de Cabul, al�m de dezenas de feridos.
Mulheres com roupas e rostos manchados de sangue choravam enquanto os feridos eram levados para o hospital.
Outra testemunha, Akram Lubega, de 26 anos, que trabalha para uma empresa de restaura��o, disse que ouviu a explos�o sem saber o que estava acontecendo.
"� claro que t�nhamos medo", disse este cidad�o de Uganda.
"Todos est�o muito tensos e o ex�rcito est� se posicionando perto do aeroporto", completou.
CABUL