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Estado de Minas PARIS

Petr�leo e meio ambiente, a dif�cil equa��o dos produtores


10/09/2021 09:24

Reduzir a presen�a de petr�leo para limitar as mudan�as clim�ticas � uma equa��o dif�cil para alguns pa�ses produtores, que enfrentam uma transi��o dolorosa e, �s vezes, uma queda acentuada nos investimentos em combust�veis f�sseis.

A Ag�ncia Internacional de Energia (AIE) alertou em maio que o mundo deveria desistir de qualquer novo projeto de petr�leo ou g�s a partir de agora para ter esperan�a de moderar o aquecimento global.

Em um artigo publicado na revista Nature, cientistas estimaram que cerca de 60% das reservas de petr�leo e g�s devem permanecer no subsolo para limitar o aquecimento a 1,5�C at� 2050.

As recomenda��es da IEA foram recebidas de maneira fria na quinta-feira por Om�, que organiza com a ag�ncia que tem sede em Paris uma videoconfer�ncia sobre a transi��o energ�tica no Oriente M�dio e no Norte da �frica.

Mohammed ben Hamad al-Rumhi, ministro de Recursos de Energia e Minera��o do sultanato, criticou essas "recomenda��es unilaterais".

"Recomendar que n�o invistamos mais em novos projetos de petr�leo, acho algo extremamente perigoso", disse o ministro deste pequeno pa�s petrol�fero do Golfo.

"Se pararmos abruptamente de investir no setor de combust�veis f�sseis, haver� uma 'fome de energia' e os pre�os da energia v�o disparar para 100 ou 200 d�lares o barril".

"� muito f�cil ficar na nossa zona de conforto e falar sobre efici�ncia energ�tica, solar e renov�veis, esquecendo que um ter�o do mundo est� carente de energia", acrescentou.

As cr�ticas pareceram dirigidas ao diretor executivo da AIE, Fatih Birol, que havia instado no in�cio do encontro que os pa�ses da regi�o desenvolvessem os novos tipos de energia.

- "Verdade amarga" -

"Na minha l�ngua materna, dizemos que os verdadeiros amigos falam a verdade amarga", respondeu o chefe turco da AIE, embora com um tom muito diplom�tico.

"E esta � a amarga verdade: os principais pa�ses consumidores est�o agindo e isso ter� consequ�ncias na demanda de petr�leo e consequentemente nos investimentos", acrescentou.

"Pa�ses que representam 70% do PIB mundial se comprometeram com a neutralidade de carbono at� 2050", explicou Birol.

O ministro das Finan�as iraquiano, Ali Allawi, insistiu, por sua vez, na necessidade de seu pa�s se adaptar ao decl�nio do petr�leo.

"No ano passado, a covid nos mostrou o que poderia acontecer com um colapso da demanda", frisou, aludindo � queda brutal dos pre�os mundiais, que mesmo por um breve per�odo se tornaram negativos na primavera de 2020. Posteriormente, subiram e se estabilizaram em cerca de US $ 70 o barril.

"Temos uma gera��o para efetuar uma grande mudan�a estrutural e os pr�ximos tr�s a cinco anos ser�o cr�ticos para um pa�s como o Iraque", disse Ali Allawi.

O ministro acaba de escrever com Fatih Birol uma coluna no jornal brit�nico The Guardian, defendendo "apoio internacional" a pa�ses como o Iraque, que s�o fortemente afetados pelas mudan�as clim�ticas, mas cuja economia depende em grande parte do petr�leo.

Em seu relat�rio publicado em maio, a AIE prev� uma queda de 75% na produ��o de petr�leo at� 2050 em compara��o com os n�veis de 2020.

O petr�leo e o g�s estar�o "cada vez mais concentrados em um pequeno n�mero de produtores de baixo custo".

� um espa�o muito pequeno, mas que alguns pa�ses querem ocupar. "Mesmo nos cen�rios mais ambiciosos de transi��o energ�tica, petr�leo e g�s ainda ser�o necess�rios por v�rias d�cadas", frisou o sult�o Ahmed Al-Jaber, que tamb�m � ministro e diretor-geral da principal petroleira dos Emirados �rabes Unidos (ADNOC).


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