"Adnan Abu Walid al-Sahraoui, chefe do grupo terrorista Estado Isl�mico no Grande Saara, foi neutralizado pelas for�as francesas", anunciou o presidente franc�s Emmanuel Macron no Twitter na manh� desta quinta-feira (16).
"Este � um novo grande sucesso na luta contra grupos terroristas no Sahel", acrescentou Macron.
Walid al-Sahraoui, ex-membro da Frente Polisario saaraui, fundou o EIGS em 2015 depois de deixar o movimento da Al-Qaeda no Magrebe Isl�mico e jurar lealdade ao EI, que na �poca controlava territ�rios no Iraque e na S�ria.
Este grupo extremista foi identificado pela Fran�a como um "inimigo priorit�rio" no Sahel.
A opera��o em que morreu o l�der do EIGS, considerado respons�vel pela maioria dos atentados cometidos no Mali, N�ger e Burkina Faso, ocorreu "em meados de agosto" depois de uma "manobra de intelig�ncia de longo prazo e gra�as a v�rias opera��es de captura de pessoas pr�ximas a Al Sahraoui", informou a ministra francesa da Defesa, Florence Parly, em coletiva de imprensa.
Walid al Sahraoui andava como passageiro em uma moto que foi atacada por um drone em uma �rea ao sul de Indelimane, no Mali, nas tr�s fronteiras com Burkina Faso e N�ger, detalhou o chefe de Estado Maior, Thierry Burkhard.
"Representa um golpe decisivo contra este grupo terrorista", opinou a ministra no Twitter.
Walid al-Sahraoui era "quem procur�vamos, visto que era o l�der autorit�rio, indiscut�vel e sem rival" dentro do grupo islamita.
"Quando se elimina um elo fundamental da corrente, se interrompe e se enfraquece esses grupos terroristas", frisou a ministro, que afirmou que o segundo e o terceiro no comando do EIGS j� haviam sido "neutralizados" durante a primavera e o ver�o.
- S�rie de assassinatos -
Walid al-Sahraoui, que esteve por tr�s da morte de trabalhadores humanit�rios franceses em 2020, tamb�m estava sendo ca�ado pelos Estados Unidos por uma emboscada em outubro de 2017 no sudoeste do N�ger, perto de Mali, na qual quatro soldados de suas for�as especiais e quatro nigerianos foram mortos.
Esta �rea � palco habitual de a��es de dois grupos terroristas isl�micos: o Estado Isl�mico no Grande Sahara (EIGS) e o Grupo de Apoio ao Isl� e aos Mu�ulmanos, ligado � Al-Qaeda.
O EIGS realizou ataques particularmente mortais contra civis e militares na chamada "zona das tr�s fronteiras".
Os Estados Unidos at� ofereceram uma recompensa de US $ 5 milh�es por informa��es sobre o paradeiro de Sahraoui.
Em 9 de agosto de 2020, no N�ger, o chefe do grupo ordenou pessoalmente o assassinato de seis trabalhadores humanit�rios franceses e do guia e motorista nigerianos que os acompanhavam.
No final de 2019, o grupo realizou uma s�rie de ataques em grande escala contra bases militares no Mali e no N�ger.
Ex-membro do movimento de independ�ncia da Frente Polisario do Saara Ocidental, Sahraoui juntou-se � Al-Qaeda no Magrebe Isl�mico e tamb�m co-liderou o Mujao, um grupo islamita do Mali respons�vel pelo sequestro de trabalhadores humanit�rios espanh�is na Arg�lia e de um grupo de diplomatas argelinos no Mali em 2012.
O Ex�rcito franc�s matou v�rios membros do alto escal�o do EIGS como parte de sua estrat�gia de atacar os l�deres extremistas no �mbito de sua opera��o militar no Mali.
Ap�s oito anos de a��es no Sahel, Macron anunciou em junho uma redu��o da presen�a militar francesa na �rea e o fim da opera��o Barkhane.
PARIS