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Estado de Minas AFEGANIST�O

Taleban pede para discursar em Assembleia da ONU e nomeia representante

L�deres que j� discursaram no evento iniciado na ter�a-feira (21/9), manifestaram preocupa��o com o futuro do Afeganist�o


22/09/2021 08:40 - atualizado 22/09/2021 11:05

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(foto: Hoshang Hashimi / AFP)
Em busca de legitimidade internacional, o Taleban nomeou seu porta-voz baseado em Doha, Suhail Shaheen, como embaixador do Afeganist�o na Organiza��o das Na��es Unidas (ONU) e pediu espa�o para um discurso de seu chanceler, Amir Khan Muttaqi, durante a Assembleia-Geral, que vai at� segunda-feira (27/9).

O ministro das Rela��es Exteriores do governo do Taleban, Amir Khan Muttaqi, fez o pedido em uma carta ao secret�rio-geral da ONU, Ant�nio Guterres, na segunda-feira.

Muttaqi pediu para falar durante a reuni�o anual da Assembleia-Geral, que termina na pr�xima segunda-feira. O porta-voz do portugu�s, Farhan Haq, confirmou o recebimento da correspond�ncia.

A iniciativa do grupo extremista, que retomou o poder ap�s a retirada das tropas ocidentais do Afeganist�o, � mais um passo em busca de legitimidade internacional - que, por sua vez, auxiliaria a ampliar a ajuda humanit�ria e a obter fundos em reservas internacionais para reativar a economia.

Da primeira vez em que governou o pa�s, de 1996 a 2001, o Taleban tinha reconhecimento oficial apenas de Paquist�o, Emirados �rabes Unidos e Ar�bia Saudita.

O movimento estabelece um conflito com o atual representante do pa�s na ONU, Ghulam Isaczai, nomeado pelo governo de Ashraf Ghani. O ex-presidente, derrubado pelo Taleban, se refugiou em Abu Dhabi no dia da reconquista da capital, Cabul. A mensagem do Taleban diz que a miss�o de Isczai est� "considerada encerrada".

Guterres disse que o desejo do Taleban de reconhecimento internacional � a �nica alavanca que outros pa�ses t�m para pressionar por um governo inclusivo e que respeite os direitos humanos, especialmente das mulheres, no Afeganist�o.

At� que uma decis�o seja tomada pelo comit�, Isaczai permanecer� na cadeira, de acordo com as regras da Assembleia-Geral. Ele dever� discursar no �ltimo dia da reuni�o, em 27 de setembro, mas n�o ficou claro se algum pa�s poderia objetar ap�s a carta do Taleban.

O comit� tradicionalmente se re�ne em outubro ou novembro para avaliar as credenciais de todos os membros da ONU antes de enviar um relat�rio para aprova��o da Assembleia-Geral antes do final do ano. O comit� e a Assembleia-Geral geralmente operam por consenso em rela��o �s credenciais, disseram diplomatas.

Um porta-voz da entidade disse que o secret�rio-geral recebeu tamb�m uma segunda carta, enviada pelo atual embaixador, com data de 15 de setembro, informando os integrantes da delega��o afeg�.

Shah Mahmood Qureshi, chanceler do Paquist�o, pa�s vizinho ao Afeganist�o, disse em uma entrevista classificou o pedido do Taleban como complexo.

"Quem ele representa? A quem ele se reporta? Que tipo de comunica��o voc� pode ter com uma pessoa na ONU que n�o tem reconhecimento? � uma situa��o complexa e que est� em andamento", disse, segundo relatado pelo jornal americano The New York Times .

Haq explicou que o pedido de Muttaqi foi encaminhado para um comit� de credenciais, que possui entre seus nove membros EUA, China e R�ssia - Pequim e Moscou buscam ocupar o v�cuo de influ�ncia deixado pela retirada de Washington do Afeganist�o e j� disseram que podem firmar rela��es com os taleban.

� improv�vel, no entanto, que a c�pula se re�na para discutir a quest�o antes de segunda, o que torna dif�cil um pronunciamento de Muttaqi no evento que re�ne mais de cem l�deres mundiais em Nova York.

Pelas regras da ONU, as credenciais continuam com Isaczai, que teria seu pronunciamento na Assembleia-Geral pr�-agendado para o pr�ximo dia 27. O comit� de credenciais se re�ne geralmente entre outubro e novembro para analisar os pedidos das delega��es.

O Taleban ainda � alvo de san��es econ�micas de organismos multilaterais, e delega��es alertaram � Assembleia-Geral que qualquer mudan�a na representa��o do Afeganist�o precisaria ser analisada de forma criteriosa.

L�deres que j� discursaram no evento iniciado na ter�a-feira, 21, manifestaram preocupa��o com o futuro do Afeganist�o.


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