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Estado de Minas GENEBRA

Su��a se prepara para votar se aprova o casamento igualit�rio


23/09/2021 10:35

Thierry Delessert e seu namorado procuravam um apartamento na Su��a h� 30 anos e sempre eram questionados se eram gays ou primos. Se respondessem gays, perdiam a chance de encontrar moradia.

J� se foi o tempo em que a pol�cia fichava homossexuais, e no pr�ximo domingo (26) os su��os v�o votar em um referendo se aprovam ou n�o o casamento igualit�rio.

De acordo com as pesquisas, a iniciativa conta com amplo apoio da popula��o, em um pa�s que � um dos poucos da Europa Ocidental que ainda n�o deu esse passo.

Este � "um grande avan�o" para a Su��a, disse � AFP Thierry Delessert, um pesquisador de 56 anos da Universidade de Lausanne, especializado em hist�ria da homossexualidade na Su��a.

O pa�s descriminalizou a homossexualidade em 1942, mas v�rios �rg�os policiais tinham - em alguns casos at� o in�cio dos anos 1990 - registros de homossexuais.

O pesquisador explicou que os arquivos eram mantidos em nome do "controle do desvio e da moralidade".

"Se um suposto homossexual fosse julgado por estupro, a homossexualidade era uma prova adicional de sua imoralidade. Se um homossexual pedia um apartamento, ele n�o o recebia. Se um homossexual queria um emprego no funcionalismo p�blica, ele n�o conseguia", detalhou Delessert.

Os registros, no entanto, nunca foram divulgados e as pessoas que estavam inscritas neles n�o sabiam disso.

"Apenas Zurique e Basel, em 1979 e 1980, anunciaram oficialmente a exclus�o de tais registros. Como historiador, � frustrante, porque os registros desapareceram misteriosamente", lamentou o especialista.

No entanto, gra�as �s suas pesquisas, ele conseguiu encontrar o depoimento de um comiss�rio que mencionou que, a cada ano, em Zurique, cerca de 200 homossexuais eram inclu�dos nos registros.

Ele tamb�m encontrou notas manuscritas em documentos policiais em que os policiais pediam a cria��o de "arquivos" de homossexuais detidos.

Os documentos eram para uso interno da pol�cia e foram destru�dos, disse o servi�o de arquivos de Zurique � AFP.

Em abril de 1990, a imprensa revelou, gra�as a um denunciante, que esse tipo de registro ainda existia em Berna, o que levou as autoridades a abandonarem a pr�tica.

"Ap�s investiga��es internas, n�o conseguimos encontrar informa��es sobre esse registro que aparentemente existiu. Em um n�vel �tico, dificilmente poder�amos entender tal registro hoje", disse a pol�cia cantonal de Berna � AFP.

No entanto, Delessert sa�da a recente mudan�a pol�tica em seu pa�s, que em 2020 adotou um dispositivo contra a homofobia e, no final de 2021, um texto no Parlamento a favor do casamento igualit�rio.

Mas seus opositores, conservadores, apresentaram o referendo para tentar bloquear a iniciativa.

O texto prev� que casais do mesmo sexo podem adotar uma crian�a juntos e que as mulheres podem recorrer � insemina��o artificial.

Os opositores da iniciativa basearam sua campanha neste �ltimo ponto, lamentando a "mercantiliza��o" dos filhos e considerando que "o casamento para todos mata o pai".


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