Por ocasi�o do anivers�rio da morte de Khashoggi, Hatice Cengiz viajou a Washington para participar de uma manifesta��o em frente � embaixada saudita e de uma vig�lia noturna perto do Capit�lio americano, onde revelou um retrato do marido feito com colunas de jornal.
A vi�va expressou sua consterna��o com o fato de que, dias antes do anivers�rio da morte de Khashoggi, o conselheiro de seguran�a nacional de Biden, Jake Sullivan, se encontrou com o pr�ncipe herdeiro da Ar�bia Saudita, Mohammed bin Salman (MBS), que segundo a intelig�ncia dos EUA ordenou o assassinato.
"Essa � a responsabilidade que Biden prometeu?", perguntou na vig�lia � luz de velas organizada por grupos de direitos humanos.
"MBS tirou Jamal e o mundo inteiro de mim. Voc� vai responsabiliz�-lo ou vai recompensar esses assassinos?", continuou Cengiz, referindo-se ao pr�ncipe herdeiro saudita de 36 anos.
Khashoggi, um saudita proeminente que viveu em autoex�lio nos Estados Unidos, escreveu criticamente sobre MBS em colunas no The Washington Post.
Em 2 de outubro de 2018, Khashoggi entrou no consulado da Ar�bia Saudita em Istambul para oficializar seu casamento com Cengiz, que � turca. Segundo autoridades americanas e turcas, um esquadr�o saudita esperava por ele, o estrangulou e desmembrou seu corpo, que nunca foi recuperado.
O ent�o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, minimizou o epis�dio, dizendo que era mais importante para a Ar�bia Saudita comprar armas americanas e compartilhar a hostilidade contra o Ir�.
Biden prometeu uma abordagem mais dura, desclassificando a intelig�ncia e impondo san��es aos sauditas, embora n�o ao pr�prio pr�ncipe herdeiro.
Autoridades americanas disseram que Sullivan viajou para a Ar�bia Saudita, onde MBS tamb�m � ministro da Defesa, em grande parte para discutir a crise no I�men, onde o reino liderou uma campanha a�rea devastadora com o objetivo de derrotar os rebeldes huthis apoiados pelo Ir�.
Tamb�m participou da vig�lia noturna a irm� de Abdulrahman al-Sadhan, um trabalhador humanit�rio da Cruz Vermelha que foi preso em 2018 e que no in�cio deste ano foi condenado a 20 anos de pris�o por criticar l�deres sauditas por meio de um Twitter an�nimo.
"Eles o torturaram tanto que quase o mataram. Quebraram sua m�o e esmagaram seus dedos at� ficarem desfigurados, lhe diziam: '� esta a m�o com a qual voc� tuitou?'", Denunciou sua irm� Areej al-Sadhan, que mora em Calif�rnia.
A mulher afirmou que confiava de que a press�o da nova administra��o dos Estados Unidos faria com que seu irm�o fosse solto, mas essa percep��o mudou depois que Biden deixou o pr�ncipe herdeiro saudita "livre".
"Foi assim que as autoridades sauditas pagaram pela generosidade do presidente Biden, cometendo mais abusos aos direitos humanos", concluiu.
WASHINGTON