O tribunal considerou que n�o houve crime da parte da ent�o chefe de Estado. O processo contra Cristina e v�rios de seus funcion�rios foi aberto pelo falecido promotor Alberto Nisman, por ela ter promovido a aprova��o no Congresso de um Memorando com o Ir� para poder interrogar fora da Argentina os acusados pelo ataque a bomba contra a Amia, que deixou 85 mortos e 300 feridos.
"O Memorando de Entendimento com o Ir�, independentemente de ser considerado um acerto ou erro pol�tico, n�o constituiu um crime nem um ato de acobertamento", assinalou o tribunal oral federal 8 em sua decis�o.
Em sua argumenta��o perante o tribunal, Cristina descreveu a acusa��o como "um disparate, um esc�ndalo judicial e pol�tico, obra de um instrumento de persegui��o aos opositores pol�ticos do governo de Mauricio Macri (2015-2019)".
O ataque de 1994 foi atribu�do a governantes iranianos, liderados pelo ent�o presidente, Ali Rafsanjani, e est� impune. O Memorando foi assinado em 2013, com o aval do Congresso argentino, mas nunca foi ratificado pelo Poder Legislativo em Teer�.
Alberto Nisman indiciou Cristina Kirchner em janeiro de 2015, quando ela cumpria o �ltimo ano de seu segundo mandato como presidente. Dias depois, e quando seria interrogado no Congresso, foi encontrado morto com um tiro na t�mpora, caso que chocou o pa�s.
Todos os acusados de acobertamento, incluindo o falecido ex-ministro das Rela��es Exteriores H�ctor Timerman, foram dispensados hoje. Cabe recurso contra a senten�a na C�mara de Cassa��o Penal.
Cristina Kirchner, 68, foi dispensada em v�rios processos por corrup��o durante seus dois mandatos presidenciais (2007-2015), mas ainda responde a seis. Em 2019, foi eleita vice-presidente na chapa com Alberto Fern�ndez.
BUENOS AIRES