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Estado de Minas WASHINGTON

Humanos j� degustavam queijo azul e cerveja h� 2.700 anos, revela estudo


13/10/2021 17:17

A paix�o do ser humano pelo queijo e pela cerveja vem de longe. Trabalhadores de uma mina de sal na �ustria j� produziam queijo azul e cerveja de forma sofisticada h� 2.00 anos, segundo um estudo publicado nesta quarta-feira (13).

Os cientistas fizeram esta descoberta analisando amostras de excrementos humanos encontradas no cora��o da mina de Hallstatt, nos Alpes austr�acos. O estudo foi publicado na edi��o desta quarta-feira da revista Current Biology.

Frank Maixner, microbiologista do Instituto de Pesquisas Eurac de Bolzano (It�lia) e autor principal do estudo, disse ter ficado surpreso em saber que os mineiros de sal de mais de dois mil�nios atr�s eram suficientemente avan�ados para "utilizar a fermenta��o de forma intencional".

"Isso � muito sofisticado na minha opini�o", disse Maixner � AFP. "� algo que n�o esperava para aquela �poca".

A descoberta � a primeira evid�ncia at� agora da matura��o do queijo na Europa, segundo os pesquisadores.

E embora o consumo de �lcool esteja bem documentado em escritos antigos e em provas arqueol�gicas, as fezes dos mineiros de sal cont�m a primeira evid�ncia molecular do consumo de cerveja no continente naquela �poca.

"Cada vez fica mais claro que n�o s� as pr�ticas culin�rias pr�-hist�ricas eram sofisticadas, como os complexos alimentos processados, assim como a t�cnica da fermenta��o, tiveram um papel de destaque na nossa hist�ria alimentar primitiva", afirmou Kerstin Kowarik, do Museu de Hist�ria Natural de Viena.

A cidade de Hallstatt, declarada Patrim�nio da Humanidade pela Unesco, se dedica � produ��o de sal h� mais de 3.000 anos, segundo Maixner.

A comunidade "� um local muito particular, est� situada nos Alpes, no meio do nada", acrescentou. "Toda a comunidade trabalhava e vivia desta mina".

Os mineiros passavam todo o dia ali, trabalhando, comendo e fazendo suas necessidades ali mesmo, na mina.

Gra�as � temperatura constante de cerca de 8�C e � alta concentra��o de sal da mina, as fezes dos mineiros permaneceram especialmente bem preservadas.

Os cientistas analisaram quatro amostras: uma que data da Idade do Bronze, duas da Idade do Ferro e uma do s�culo XVIII.

Uma delas, com 2.700 anos de antiguidade, continha dois fungos: o Penicillium roqueforti e o Saccharomyces cerevisiae. Ambos s�o conhecidos hoje em dia por seu uso na elabora��o de alimentos.


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