O porto, o maior terminal de cont�ineres da Am�rica do Norte, come�ou a trabalhar 24 horas por dia na quinta-feira (14), depois que a Casa Branca interveio para resolver gargalos que dificultam o com�rcio e aumentam os pre�os.
Ainda assim, cerca de doze navios com milhares de cont�ineres permanecem ancorados na ba�a aguardando uma vaga nas docas lotadas. Alguns esperam h� mais de 10 dias.
Enquanto varejistas e fabricantes lutam para contornarem os bloqueios nos portos, alguns recorreram a Rickenbacker, um aeroporto dedicado � carga cuja localiza��o em Columbus, Ohio, oferece acesso r�pido �s principais estradas, o que permite aos caminhoneiros chegarem a quase metade da popula��o dos Estados Unidos e a um ter�o da do Canad� em um dia.
"Estamos ocupados", disse Gene Seroka, diretor executivo do porto de Los Angeles.
Os americanos "n�o est�o indo aos jogos. N�o vamos ao cinema nem � �pera. Estamos comprando produtos. Seja em nossos grandes varejistas ou online, esses produtos precisam ser reabastecidos".
- Redes cortadas -
As economias fechadas durante parte do �ltimo ano por governos que tentavam conter o coronav�rus est�o reabrindo e a demanda est� no auge, mas a oferta tem dificuldades de alcan��-la.
A globaliza��o gerou redes de abastecimento que se estendem desde a extra��o de recursos em lugares como Austr�lia at� a produ��o em f�bricas asi�ticas e compradores no Ocidente.
Em cada etapa, as mercadorias s�o carregadas em cont�ineres e transportadas em navios, trens e caminh�es atrav�s de portos e esta��es.
Se uma conex�o falhar, toda a rede � interrompida. Durante a pandemia, isso aconteceu com quase todos. E mesmo que os Estados Unidos tenham come�ado a se normalizar, os efeitos persistem.
"Tudo est� atrasado. Todos os navios est�o no oceano", disse � AFP Tony Nguye, motorista de caminh�o h� quase 10 anos. "Este ano est� sendo terr�vel. Nunca vi isso antes", acrescenta.
Devido �s interrup��es, os importadores americanos iniciaram seus preparativos para a temporada de compras de Natal antecipadamente. Enquanto as pessoas se preparavam para o ver�o boreal, eles carregavam itens natalinos e brinquedos.
"Os importadores come�aram a carregar as compras de Natal em junho; dois meses e meio antes", disse.
- Impacto mundial -
O Fundo Monet�rio Internacional (FMI) alertou na ter�a-feira que as altera��es nas redes de abastecimento est�o encarecendo os produtos. Nos Estados Unidos, os pre�os do consumidor subiram mais de 5% em 12 meses at� setembro.
Existem muitos fatores por tr�s da falta de mat�rias-primas e bens finalizados que afeta os comerciantes varejistas.
Tamb�m s�o influenciados pelos fechamentos for�ados de f�bricas devido �s restri��es da covid, um aumento inesperado da demanda de alguns bens, mudan�as na conduta dos consumidores e falta de trabalho.
Mas o atraso dos portos americanos foi um fator preponderante.
Em nenhum lugar isso � mais evidente do que nos portos pr�ximos a Los Angeles e Long Beach, as principais portas de entrada para a �sia, onde milhares de cont�ineres s�o empilhados, processados e organizados todos os dias.
Todo ano, um quarto de trilh�o de d�lares em bens passa pelo porto de Los Angeles. O Banco Mundial estima que 8,5% dos cont�ineres do mundo est� detido nesses portos ou pr�ximo a eles.
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LOS ANGELES
Engarrafamento portu�rio dos EUA antecipa o Natal dos importadores
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