"� preciso unificar o voto da oposi��o [...] A dispers�o do voto est� sendo mortal. N�o podemos deixar de unir nossas for�as", disse Capriles em uma coletiva de imprensa em Caracas, apelando aos candidatos opositores com menos apoio nas pesquisas que desistam em favor dos que est�o melhor posicionados.
"Se j� se sabe quem est� em primeiro, quem est� em segundo est� esperando o qu� para apoiar quem est� em primeiro? O ego � mais importante?", questionou o pol�tico de 49 anos. "O que est� em segundo tem que apoiar o que est� em primeiro".
Capriles perdeu para Hugo Ch�vez nas elei��es de 2012 e, um ano depois, ap�s a morte do ent�o presidente, foi derrotado por Nicol�s Maduro por uma margem pequena de votos.
"Depois de 22 anos n�o aprendemos nada?", questionou, ao lembrar o tempo em que o chavismo est� no poder. "Para qu� estamos jogando? Qual � o jogo? Favorecer o governo ou fortalecer uma op��o de mudan�a que pode crescer e recuperar a ferocidade que t�nhamos?", frisou.
O dirigente tamb�m lembrou o triunfo de 2015, quando a oposi��o, com uma plataforma unificada, obteve um grande triunfo eleitoral que lhe rendeu a maioria no Parlamento. "Em 2015, �ramos milh�es e vencemos".
Os principais partidos de oposi��o na Venezuela romperam com tr�s anos de boicotes eleitorais e decidiram participar nas elei��es para prefeitos e governadores previstas para 21 de novembro, em meio a negocia��es internas que inclu�ram uma mudan�a na diretoria do Conselho Nacional Eleitoral e a presen�a de observadores internacionais, como a Uni�o Europeia, que volta a acompanhar um processo eleitoral no pa�s depois de 15 anos.
Contudo, ainda existem fraturas importantes dentro da oposi��o, que n�o consegue chegar a um consenso para apresentar candidaturas �nicas.
Sem unidade, "o que vai acontecer? Sejamos honestos", perguntou Capriles. "Vai ganhar o PSUV [Partido Socialista Unido da Venezuela, de Maduro]", respondeu.
CARACAS