Confrontos mortais no Paquist�o durante com�cio do partido proibido

Um partido isl�mico radical paquistan�s que promove uma violenta campanha contra a Fran�a relatou neste s�bado (23) a morte de sete de seus militantes em confrontos com a pol�cia em Lahore, que tamb�m deixaram dois agentes mortos.

Na sexta-feira, mais de mil apoiadores do Tehreek-e-Labbaik Pakistan (TLP) se reuniram ap�s a ora��o para exigir a liberta��o de seu l�der, atualmente preso, bloqueando estradas e disparando proj�teis contra a pol�cia. Esses protestos continuaram ao longo deste s�bado.

O TLP, oficialmente proibido pelo governo, que o qualifica como uma organiza��o "terrorista", foi o partido que convocou as grandes manifesta��es contra a Fran�a que, no in�cio do ano, levaram a embaixada a instar todos os franceses a abandonarem o pa�s.

"O n�mero de mortos de partid�rios do Tehreek-e-Labbaik Pakistan aumentou para sete depois que mais duas pessoas sucumbiram aos ferimentos causados por disparos da pol�cia", tuitou o partido no s�bado.

Pouco antes, o Twitter do partido havia anunciado duas mortes na sexta-feira e tr�s no s�bado.

A pol�cia de Lahore recusou-se a comentar este an�ncio, mas informou que dois de seus policiais foram mortos na sexta-feira.

"Os confrontos continuam", disse Rana Arif, porta-voz da pol�cia de Lahore. "Esta � uma opera��o de defesa da pol�cia contra a multid�o. Estamos bombardeando apenas para controlar a multid�o", acrescentou.

O l�der do TLP, Saad Rizvi, foi preso em abril quando o governo decretou a proibi��o do partido. Seus seguidores amea�aram marchar em massa at� a capital Islamabad, onde a pol�cia bloqueou as estradas com cont�ineres.

O partido anunciou que continuar� com as manifesta��es e se recusa a negociar com o governo at� que seu l�der seja libertado.

O ministro do Interior do Paquist�o, Sheikh Rashid Ahmad, que estava em Dubai para a Copa Mundial de Cr�quete T20, voltou ao Paquist�o a pedido do primeiro-ministro Imran Khan.

O TLP iniciou uma campanha contra a Fran�a no ano passado depois que seu presidente, Emmanuel Macron, defendeu o direito de fazer caricaturas como parte da liberdade de express�o.

Macron expressou sua posi��o durante uma homenagem a um professor de ensino m�dio assassinado em 16 de outubro de 2020, ap�s ter mostrado desenhos sat�ricos em uma aula, por ocasi�o da reedi��o das charges do profeta do Isl� publicadas pelo seman�rio Charlie H�bdo.

Seis policiais foram mortos em abril, quando o TLP organizou dias de manifesta��es que fecharam estradas e paralisaram Lahore, uma metr�pole de mais de 10 milh�es de habitantes.