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Estado de Minas GLASGOW

China e R�ssia rebatem cr�ticas de Biden sobre compromisso clim�tico


03/11/2021 08:56

China e R�ssia, primeiro e quinto maiores emissores mundiais de gases do efeito estufa, afirmaram nesta quarta-feira (3) que levam a s�rio a emerg�ncia clim�tica, em uma resposta �s cr�ticas do presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, na COP26, que inicia a fase de negocia��es complexas.

"N�o concordamos com as acusa��es dos Estados Unidos", afirmou em Moscou o porta-voz do Kremlin, Dmitri Peskov.

Ele disse que a R�ssia est� adotando a��es contra a mudan�a clim�tica "coerentes, refletidas e s�rias", apesar da aus�ncia de seu presidente, Vladimir Putin, na reuni�o de c�pula de segunda-feira e ter�a-feira que reuniu quase 120 governantes mundiais na cidade escocesa de Glasgow, no in�cio das duas semanas de confer�ncia clim�tica.

O presidente chin�s Xi Jinping tamb�m n�o viajou � Esc�cia e foi acusado por Biden de "dar as costas" ao "gigantesco" problema do aquecimento global que amea�a fugir do controle caso medidas contundentes n�o sejam adotadas de maneira imediata.

"Os atos falam mais que as palavras", respondeu em Pequim o porta-voz da diplomacia chinesa, Wang Wenbin, que criticou as "palavras vazias" do presidente americano.

Cancelada no ano passado devido � pandemia de covid-19, a COP26 de Glasgow tem a dif�cil miss�o de desenvolver os compromissos adotados no Acordo de Paris de 2015, que estabeleceu como grande objetivo internacional limitar o aquecimento do planeta a +1,5�C na compara��o com a era pr�-industrial.

Os cientistas advertem, no entanto, que com as medidas atuais a Terra se encaminha para um aumento de +2,7�C, o que teria consequ�ncias ca�ticas, que incluem secas, inunda��es, aumento do n�vel do mar e o surgimento de milh�es de refugiados clim�ticos.

- Financiamento -

Neste contexto, as negocia��es, estagnadas h� v�rios anos em complexas quest�es t�cnicas como o funcionamento do mecanismo de mercado para comprar e vender direitos de emiss�o, se anunciam complicadas.

Na agenda, al�m da descarboniza��o acelerada da economia, est� a quest�o da ajuda financeira, de 100 bilh�es de d�lares por ano, prometida para 2020 mas que n�o foi concretizada, dos pa�ses ricos para as na��es desfavorecidas e mais vulner�veis � mudan�a clim�tica.

A quarta-feira � dedicada justamente ao financiamento e o ministro brit�nico da Economia, Rishi Sunak, prometeu que a COP26 reunir� os fundos prometidos.

"Sabemos que foram devastados pela dupla trag�dia da covid e da mudan�a clim�tica", declarou aos delegados da confer�ncia organizada pela ONU.

"Por isto, n�s vamos cumprir o objetivo de proporcionar 100 bilh�es de d�lares de financiamento clim�tico �s na��es em desenvolvimento", prometeu.

Tanto Sunak como o presidente da COP26, o brit�nico Alok Sharma, e a secret�ria americana do Tesouro, Janet Yellen, destacaram nesta quarta-feira o papel importante que os investidores privados devem desempenhar, como um complemento imprescind�vel � a��o p�blica.

- "Falta de tecnologia apropriada" -

"Ainda resta um longo caminho por percorrer", advertiu o primeiro-ministro brit�nico e anfitri�o da confer�ncia, Boris Johnson, que se declarou "prudentemente optimista" quando os l�deres mundiais deixaram a COP26 e passaram o bast�o aos negociadores.

Em uma tentativa de estimular o di�logo, os chefes de Estado e de Governo de 100 pa�ses se comprometeram na ter�a-feira a reduzir em 30% at� 2030, na compara��o com os n�veis de 2020, as emiss�es de metano (CH4), g�s com efeito estufa 80 vezes mais potente que o mais conhecido CO2.

Apesar da lideran�a dos Estados Unidos e da Uni�o Europeia, segundo e terceiro maiores emissores do planeta respectivamente, n�o aderiram � iniciativa a �ndia (quarto emissor), nem China e R�ssia, esta �ltima gigante da extra��o de g�s, com um elevado percentual de vazamentos de metano em seus gasodutos de distribui��o para a Europa.

Xi Jinping se limitou a enviar uma mensagem por escrito � reuni�o de c�pula, publicada no site da confer�ncia, sem a previs�o sequer de um discurso por v�deo como fez o presidente russo.

"H� problemas clim�ticos muito, muito graves e n�o est� disposto a fazer nada a respeito", criticou Biden em uma entrevista coletiva. "O mesmo acontece com Vladimir Putin", acrescentou.

A China � o pa�s que mais investe em energias limpas, mas, como todos os pa�ses em desenvolvimento enfrenta "problemas pr�ticos" para cumprir os "objetivos ambiciosos", afirmou Wang, que destacou a "falta de tecnologia apropriada".


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