Equador: ind�genas que protestam contra alta dos combust�veis aceitam dialogar com Lasso

A poderosa e opositora Confedera��o de Nacionalidades Ind�genas do Equador (Conaie), que protesta contra o aumento dos combust�veis, anunciou no domingo (7) que aceitou o convite do presidente conservador Guillermo Lasso para conversar na quarta-feira (10).

"Participaremos do di�logo convidado", declarou a organiza��o em um comunicado divulgado ap�s uma reuni�o de seu conselho ampliado.

A Conaie disse ainda que ir� conversar com o presidente junto com lideran�as de outros setores sociais, como sindicatos.

Lasso reiterou no s�bado (6) seu apelo ao di�logo ao presidente da Conaie, Leonidas Iza, que liderou, h� quase duas semanas, liderou protestos com bloqueios de estradas.

Uma marcha de ind�genas, trabalhadores, professores e estudantes em Quito terminou em confrontos com a pol�cia perto da sede do governo.

A Conaie - que participou de revoltas que derrubaram tr�s presidentes entre 1997 e 2005 - rejeita os aumentos de at� 90% no pre�o dos combust�veis registrados desde 2020.

Lasso convidou Iza para a sede presidencial, mas os ind�genas destacaram que "a decis�o coletiva pede ao Governo Nacional que o di�logo seja p�blico, para que haja transpar�ncia e uma verdadeira participa��o democr�tica".

Em uma recente entrevista � rede BBC, o presidente equatoriano chamou Iza de "golpista" e "anarquista". O primeiro encontro entre os dois foi em Carondelet, em 4 de outubro.

O dirigente do Conaie exigiu que Lasso pare os "ataques" ao movimento ind�gena, que, em outubro de 2019, liderou 12 dias de manifesta��es violentas contra o aumento dos combust�veis. Os confrontos terminaram em 11 mortos.

Lasso, que assumiu o cargo em maio, manteve a pol�tica governamental de aumento mensal de pre�os imposta em 2020.

Em outubro, decretou aumento adicional de at� 12% nos pre�os dos combust�veis, elevando o pre�o do gal�o (3,8 litros) do diesel de US$ 1,69 para US$ 1,90, e o da gasolina comum, de US$ 2,50 a US$ 2,55. Somente ent�o congelou as tarifas por tempo indeterminado.

A Conaie reivindica o congelamento do diesel em US$ 1,50, e da gasolina, a US$ 2,10. Os ind�genas se mant�m mobilizados em suas comunidades e planejam novos protestos.