"Podemos fazer com que as redes sociais voltem a uma escala humana, voltar a 2008 ou 2009, quando nosso fluxo de informa��es era composto de conte�do gerado por nossos amigos" e "n�o fal�vamos em destruir a democracia", declarou Haugen a membros das comiss�es de Direito e de Assuntos Econ�micos.
"O Facebook fez experi�ncias sobre isso nos �ltimos anos: se sua fam�lia e amigos constituem uma grande parte do que voc� v�, voc� tem menos discursos de �dio, menos polariza��o, menos nudez, menos viol�ncia", disse ela.
Haugen falou principalmente dos grandes grupos do Facebook, que podem ter milh�es de membros.
Segundo ela, o Facebook pressiona deliberadamente os usu�rios a ingressarem nesses grandes grupos, pois eles permitem uma renova��o infinita de conte�do, para manter o usu�rio continuamente atento ao seu fluxo de not�cias.
No entanto, esses grupos s�o compar�veis a verdadeiras "f�bricas de variantes", onde o conte�do "mais extremo" � selecionado para ser enviado a milh�es de pessoas, lamentou.
Haugen, que j� esteve em v�rios f�runs na Europa, incluindo o Web Summit em Lisboa e no Parlamento Europeu, voltou a pedir que o Facebook seja obrigado a tornar p�blicos os dados de que disp�e sobre a utiliza��o do seu servi�o.
"O Facebook nos diz que est� ciente dos problemas" da hiperamplifica��o de conte�dos question�veis, "mas nunca tivemos acesso aos dados que nos permitiriam avaliar o progresso que est� sendo feito" para sua solu��o, lamentou.
O Facebook deveria ser for�ado a fornec�-los "todas as semanas", a "10.000 pares de olhos", a pesquisadores ou cientistas algor�tmicos que pudessem avaliar as coisas, comentou.
Ela tamb�m elogiou a disposi��o dos deputados franceses de fortalecer a prote��o aos denunciantes em um projeto de lei.
Entre outras coisas, o texto pretende definir melhor a situa��o dos denunciantes, orientar suas a��es, oferecer uma melhor prote��o a eles e �queles que os ajudam, al�m de facilitar o seu apoio financeiro e psicol�gico.
PARIS