As na��es em desenvolvimento, que j� estavam indignadas pelo n�o cumprimento das promessas de financiamento por parte dos pa�ses ricos, tinham pedido a cria��o de um mecanismo espec�fico que levasse em conta os danos j� causados pelos efeitos devastadores do aumento de tormentas, secas e ondas de calor.
No entanto, o projeto de declara��o debatido neste s�bado, nas �ltimas horas da confer�ncia de Glasgow, apenas propunha acelerar a aplica��o das medidas t�cnicas j� previstas, sem metas temporais.
"Com um esp�rito de compromisso, podemos viver com os par�grafos" referidos a esta quest�o, disse o representante de Guin�, Amadou Sebory Tour�, l�der do grupo de negocia��o G77+China, que re�ne mais de 100 pa�ses em desenvolvimento e emergentes, em sess�o plen�ria.
"Entendemos [que esta linguagem] n�o reflete nem prejudica a solu��o que queremos sobre o financiamento de perdas e danos para os mais vulner�veis", acrescentou.
Outros grupos de pa�ses vulner�veis se pronunciaram nesse mesmo sentido. A Alian�a dos Pequenos Estados Insulares (AOSIS, na sigla em ingl�s), referindo-se tamb�m ao esp�rito de "compromisso", assinalou que o esbo�o da declara��o inclui avan�os em "algumas de nossas prioridades, sem as quais n�o podemos sair" da confer�ncia.
"Estamos muito decepcionados pela aus�ncia de elementos sobre perdas e danos e expressaremos nossas demandas em seu devido momento", acrescentou a representante do grupo.
O enviado dos Estados Unidos, John Kerry, tentou, por sua vez, tranquilizar os pa�ses desfavorecidos depois que seu pa�s, que teme as poss�veis consequ�ncias legais desse reconhecimento, se op�s firmemente � proposta de um mecanismo especial.
"Estamos dispostos a participar do di�logo sobre perdas e danos e a contribuir para o seu sucesso", garantiu Kerry.
J� o representante da Uni�o Europeia, que tamb�m se op�s ao mecanismo citado, reconheceu que este � apenas o "come�o do que temos que fazer em mat�ria de perdas e danos".
GLASGOW