Macri � acusado pelo "crime de realiza��o de a��es proibidas de intelig�ncia como autor, em virtude de ter possibilitado a produ��o de tarefas ilegais de intelig�ncia, gerando as condi��es para que fosse poss�vel realizar, armazenar e usar dados sobre pessoas", segundo a decis�o de 174 p�ginas do juiz federal Mart�n Bava, e responder� ao processo em liberdade.
O magistrado tamb�m proibiu Macri de deixar o pa�s. Al�m disso, o juiz determinou a reten��o de 100 milh�es de pesos (cerca de 943.000 d�lares) do ex-presidente, de acordo com a resolu��o.
O ex-presidente est� a caminho da Argentina, depois de visitar o Chile, onde estava desde ontem, para participar de um evento em um hotel em Santiago, como presidente da Funda��o FIFA.
Em declara��o � imprensa chilena quando deixava o hotel, Macri classificou o processo como "persegui��o pol�tica".
"J� disse que � uma persegui��o pol�tica, que termina nisto que todos n�s j� sab�amos", declarou, antes de seguir para o aeroporto para retornar a Buenos Aires.
O ex-presidente argentino pode recorrer da decis�o do juiz de Dolores, que fica cerca de 200 quil�metros ao sul de Buenos Aires, na C�mara Federal de Mar del Plata.
Ao ser convocado para depor em 3 de novembro, Macri defendeu sua inoc�ncia em um depoimento por escrito entregue ao juiz. Anteriormente, o ex-presidente tentou afastar o magistrado do caso alegando o seu impedimento, mas teve seu pedido rejeitado em duas inst�ncias.
"N�o espionei ningu�m, nunca mandei espionar ningu�m em meu governo. Nunca vi nenhum relat�rio de nenhum familiar do ARA San Juan ou de qualquer outro navio", disse o ex-presidente na carta apresentada � Justi�a.
A den�ncia afirma que os familiares dos militares mortos no naufr�gio do ARA San Juan foram alvos de escutas telef�nicas e de outras intercepta��es por parte da Ag�ncia Federal de Intelig�ncia (AFI) durante o ano em que buscavam saber o destino do navio e dos marinheiros.
"O teor das informa��es coletadas, a inten��o expressa e o car�ter sistem�tico dos documentos analisados neste caso permitem-nos afirmar que esta produ��o ilegal de intelig�ncia tinha um destinat�rio: Mauricio Macri", alertou o juiz.
"Com base nos relat�rios que adiantavam para o r�u [Macri] as alega��es que os familiares dos 44 tripulantes viriam a fazer em uma reuni�o, at� aqueles em que foram reveladas as manifesta��es do coletivo de familiares em Mar del Plata", em todos esses documentos "� poss�vel ver a matriz ideol�gica e a causa motivacional que levou a AFI a produzir essa informa��o", acrescentou.
O submarino ARA San Juan, um TR-1700 de fabrica��o alem� com 66 metros de comprimento, desapareceu em novembro de 2017 com 44 pessoas a bordo, quando patrulhava �guas argentinas.
A embarca��o foi encontrada um ano depois, a 900 metros de profundidade, com a ajuda das Marinhas de outros pa�ses.
Macri � o 12� processado no caso em que tamb�m s�o acusados os ent�o chefes dos servi�os de Intelig�ncia, Gustavo Arribas e Silvia Majdalani.
BUENOS AIRES