Este esbo�o revela, em particular, que Rembrandt originalmente queria pintar penas no capacete de um soldado e que ele decidiu remover uma espada que havia colocado entre os dois personagens principais.
"As penas s�o muito vis�veis no esbo�o, mas n�o na pintura", explicou Pieter Roelofs, diretor do departamento de pinturas e esculturas do Rijksmuseum em Amsterd�, durante uma entrevista coletiva.
"N�o sabemos por que ele mudou de ideia, provavelmente porque estava focando muita aten��o neste personagem", acrescentou.
Cerca de trinta especialistas trabalham h� dois anos e meio nesta tela, uma das mais famosas do mundo, estudando-a detalhadamente com as mais avan�adas tecnologias de imagem e digital.
O Rijksmuseum anunciou nesta quarta-feira o resultado desta primeira etapa do trabalho, cujo objetivo � compreender a t�cnica do artista e devolver todo o seu brilho e esplendor a esta tela monumental.
"A descoberta do esbo�o constitui um grande avan�o nesta investiga��o", "descobrimos a g�nese" desta obra, disse com deleite Taco Dibbits, diretor do Rijksmuseum, que exibe "A Ronda Noturna", pintada em 1642.
- Restaura��o hist�rica -
O holand�s Rembrandt van Rijn (1606-1669) recebeu em 1642 uma ordem do capit�o da mil�cia burguesa de Amsterd�, Frans Banninck Cocq, para retratar seus oficiais e outros membros.
Desde julho de 2019, milh�es de visitantes do Rijksmuseum observaram a restaura��o hist�rica da obra, protegida por uma caixa de vidro na galeria de honra.
Em quase quatro s�culos de exist�ncia, esta enorme pintura correu v�rias riscos. Se salvou dos nazistas, mas foi dividida em peda�os em 1715 para ser colocada na Prefeitura de Amsterd�.
Sua �ltima grande restaura��o ocorreu h� mais de quatro d�cadas, depois que um homem mentalmente perturbado a rasgou em 1975.
Ent�o, os especialistas perceberam manchas brancas principalmente em torno das bordas das partes danificadas com a faca, descolorindo um pequeno cachorro que aparece no canto inferior direito da obra.
A"Opera��o Ronda da Noite" custou v�rios milh�es de euros e � o maior e mais abrangente trabalho de pesquisa e restaura��o de uma obra-prima.
Os especialistas come�ar�o a partir de 19 de janeiro a tratar algumas deforma��es no canto superior esquerdo da pintura. Em seguida, v�o avaliar se ser� necess�ria uma restaura��o completa da obra.
"O estado geral da pintura � o que se pode esperar de uma pintura de quase 400 anos", disse Roelofs, no entanto, "n�o h� sinais de alarme", disse ele.
HAIA