A alta foi de mais de 14,5% com base no pre�o fixado para seu lan�amento na bolsa, de 9 d�lares, fechando a US$ 10,33. No in�cio das negocia��es, os pap�is do banco estavam cotados a US$ 11,25.
O banco digital, fundado em 2013 pelo colombiano David V�lez, junto com o americano Edward Wible e a brasileira Cristina Junqueira, lan�ou no mercado 289,2 milh�es de a��es, o que lhe permitiu levantar 2,603 bilh�es de d�lares de capital.
A entidade tamb�m se reserva a possibilidade de vender outros 28,5 milh�es de a��es adicionais nos pr�ximos 30 dias ao pre�o fixado inicialmente.
Sua Oferta P�blica Inicial (IPO, na sigla em ingl�s) inclui 40 milh�es de d�lares em BDRs, certificados equivalentes a a��es negociadas na Bolsa de S�o Paulo.
Para o diretor-executivo da fintech brasileira, o colombiano David V�lez, a chegada � bolsa americana � uma "consequ�ncia do crescimento" que a companhia teve "durante oito anos". � "uma forma de acelerar o nosso impacto", disse em um programa transmitido no Youtube.
O dinheiro arrecadado permitir� ao Nubank ampliar suas atividades em pa�ses como Col�mbia e M�xico, onde j� est� implantado.
- Nova etapa -
A chegada a Wall Street � o "come�o de outra fase, que permite ter um impacto muito maior do que tivemos at� agora", embora o banco sigua com a mesma "miss�o e os mesmos valores que nos trouxeram at� aqui", disse V�lez.
Formado na Universidade de Stanford, nos Estados Unidos, V�lez � um dos fundadores do banco digital, em 2013, juntamente com a brasileira Cristina Junqueira e o americano Edward Wible.
Para os clientes, a amplia��o de capital "n�o muda nada", disse Junqueira, encarregada de apertar o bot�o que deu in�cio, simbolicamente, � sess�o na New York Stock Exchange (NYSE).
O banco brasileiro, que hoje tingiu de roxo o preg�o nova-iorquino, � negociado em Wall Street com a refer�ncia "NU" e na Bolsa de S�o Paulo com o s�mbolo NUBR33.
O Nubank atraiu em junho um investimento de 500 milh�es de d�lares do fundo Berkshire Hathaway de Warren Buffet, reconhecido por seus investimentos de sucesso. Seu apoio somou-se ao de fundos renomados, como Sequoia (investidor do Airbnb) e o chin�s Tencent.
- "Dinheiro debaixo do colch�o" -
A Nu Holdings, transformada em dona de um dos maiores "neobancos" do mundo, ao lado do brit�nico Revolut, superaria em capitaliza��o em bolsa o tradicional Ita� Unibanco, o maior do Brasil no setor privado.
Ajudada pela agilidade possibilitada pelos smartphones, a fintech brasileira surgiu com o prop�sito de eliminar a burocracia e as altas tarifas e est� focada em servi�os de pagamento com cart�es de cr�dito sem custos associados.
Com 48 milh�es de clientes no Brasil, al�m de Col�mbia e M�xico, o banco online ainda tem muito espa�o para crescer.
"Ainda h� 200 milh�es de pessoas na Am�rica Latina que n�o t�m acesso aos bancos e ainda guardam seu dinheiro debaixo do colch�o", disse V�lez � emissora CNBC.
S� no Brasil, cerca de 182 milh�es de seus 213 milh�es de habitantes acessam servi�os banc�rios, segundo dados oficiais.
O fechamento de boa parte dos servi�os pela pandemia do coronav�rus s� contribuiu mais para a mudan�a de comportamento da popula��o.
"O conceito de economizar em um banco digital e em um banco sem ag�ncias dava medo a muita gente", lembrou V�lez. Agora, come�aram a "testar conosco e viram que � uma op��o melhor".
Desde mar�o de 2020, quando come�ou a pandemia, s� no Brasil o banco ganhou 17 milh�es de novos clientes, especialmente para receber ajudas governamentais. Neste per�odo de pandemia, o Nubank quase dobrou seus clientes locais, chegando a 41 milh�es.
Em seus oito anos de vida, a Nu Holdings ainda n�o registrou lucro. Nos primeiros nove meses de 2021, publicou perdas de 99 milh�es de d�lares, apesar de seu volume de neg�cios ter dobrado em um ano a 1,060 bilh�o (+105%).
Neste tempo, V�lez se tornou um dos bilion�rios listados na Forbes, com uma fortuna estimada em 5,2 bilh�es de d�lares. Junto com sua esposa, garantiu que vai doar a maior parte deste patrim�nio.
NOVA YORK