A filha do ex-magnata da imprensa brit�nico Robert Maxwell, julgada em Nova York, enfrenta uma poss�vel senten�a de at� 80 anos de pris�o se for considerada culpada de seis acusa��es de recrutamento e prepara��o de menores para serem abusadas pelo analista financeiro Jeffrey Epstein, que foi seu companheiro por v�rios anos.
As acusa��es datam de 1994 a 2004 e Maxwell se declarou inocente de todas elas.
A ju�za Alison Nathan instruiu os jurados sobre como considerar as acusa��es antes de se retirarem para deliberar.
A decis�o deve ser un�nime para conden�-la. Se n�o for, a ju�za poder� declarar o processo nulo.
A promotoria urgiu o j�ri a condenar a r�, a quem descreveram como "uma sofisticada predadora que sabia exatamente o que estava fazendo".
A defesa argumentou que faltavam evid�ncias para declarar culpada a mulher de 59 anos.
- "A chave" -
"� hora de responsabiliz�-la", disse a promotora Alison Moe, ap�s quase tr�s semanas de depoimentos em Manhattan.
Epstein cometeu suic�dio h� dois anos, quando tinha 66 anos e estava detido enquanto aguardava ser julgado por crimes sexuais.
Moe disse que Maxwell era "a chave" para Epstein encontrar garotas para fazer massagens nele, enquanto abusava delas. "Eles foram c�mplices", disse a promotora ao j�ri de 12 pessoas, relembrando os depoimentos das quatro acusadoras.
Duas delas disseram que tinham 14 anos quando Maxwell supostamente as contratou para fazer massagens em Epstein, que terminaram em atividades sexuais.
Uma, identificada apenas como "Jane", detalhou como Maxwell a recrutou em um acampamento de ver�o e a fez se sentir "especial". Ela disse que encontros sexuais com Epstein se tornaram frequentes, com Maxwell presente �s vezes.
Outra suposta v�tima, Annie Farmer, agora com 42 anos, disse que Maxwell acariciou seus seios em uma propriedade de Epstein no Novo M�xico.
- "Bode expiat�rio" -
Laura Menninger, da equipe de defesa, questionou a capacidade das mulheres de lembrar de eventos ocorridos h� 25 anos, acusando-as de querer lucrar com os pagamentos da heran�a de Epstein.
"Todas mudaram suas hist�rias quando o fundo de compensa��o de Epstein foi aberto", disse Menninger ao tribunal.
A defesa argumentou que Maxwell est� sendo usada como um "bode expiat�rio" ap�s a morte de Epstein.
O julgamento deveria durar at� janeiro, mas Maxwell poder� saber seu destino antes do Natal, quando far� 60 anos.
Se o j�ri n�o chegar a um veredicto at� a quarta-feira, as delibera��es ser�o retomadas na pr�xima segunda-feira.
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NOVA YORK
J�ri inicia delibera��es em julgamento de Ghislaine Maxwell por crimes sexuais
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