Milhares de manifestantes se reuniram hoje na capital em protesto contra o golpe de Estado realizado em 25 de outubro pelo comandante-chefe do ex�rcito, general Abdel Fatah al Burhan.
As for�as de seguran�a tentam dispers�-los com g�s lacrimog�neo, como costumam fazer para enfrentar todas as manifesta��es contra o golpe.
Um jovem de 26 anos morreu ao ser atingido no pesco�o por uma bomba de g�s lacrimog�neo lan�ada pelas for�as de seguran�a, informou o Comit� de M�dicos sudaneses, um sindicato favor�vel ao movimento de protestos, em nota.
Al�m disso, neste domingo tamb�m morreu um adolescente que foi baleado no pesco�o em uma manifesta��o de quinta-feira passada, segundo a mesma fonte.
A repress�o desses protestos deixaram ao menos 60 mortos, de acordo com m�dicos vinculados ao movimento de protesto.
Neste domingo, tamb�m houve manifesta��es em Omdurm�, sub�rbio ao noroeste de Cartum, segundo a fonte.
O golpe militar interrompeu a transi��o para um governo completamente civil no Sud�o, quase dois anos ap�s a queda do autocrata Omar al Bashir, no poder durante tr�s d�cadas.
As autoridades negam sistematicamente o recurso ao uso de balas reais contra os protestos e afirmam que v�rios membros das for�as de seguran�a ficaram feridos nesses confrontos com os manifestantes.
Na semana passada, o primeiro-ministro e rosto civil da transi��o, Abdal� Hamdok, renunciou depois de outro dia de protestos em que tr�s pessoas morreram.
Hamdok retornou �s suas fun��es em 21 de novembro, depois de ter sido destitu�do pelo golpe e de um fr�gil acordo com os militares.
Al Burhan prolongou seu mandato por quase dois anos e prometeu elei��es para julho de 2023.
No s�bado, o emiss�rio da ONU no Sud�o, Volker Perthes, anunciou que a partir da pr�xima semana vai mediar negocia��es com "todos os atores-chave, tanto civis quanto militares" para buscar uma sa�da para a crise pol�tica sudanesa.
CARTUM