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Estado de Minas RIO DE JANEIRO

Pol�cia do Rio realiza megaopera��o para 'recuperar' controle do Jacarezinho


19/01/2022 17:58

Centenas de policiais foram enviados nesta quarta-feira (19) para a comunidade do Jacarezinho para "recuperar" o controle do territ�rio dominado por organiza��es criminosas, o mesmo local em que foi realizada a opera��o policial mais letal da hist�ria do Rio de Janeiro, em maio de 2021.

Desde muito cedo pela manh�, 1.200 policiais fortemente armados entraram na comunidade situada na Zona Norte da cidade, considerada um basti�o do Comando Vermelho, informou a Pol�cia Militar no Twitter.

"O Governo do Estado [do RJ] inicia uma retomada de territ�rio na comunidade do Jacarezinho. Comunidades que est�o no entorno tamb�m ser�o ocupadas", afirmou a for�a em uma de suas postagens na rede social, acompanhadas de fotos e v�deos dos agentes patrulhando as ruas.

� "uma interven��o nesta zona conflagrada para que possamos implementar um projeto do governo do Estado. A seguran�a � o primeiro passo", disse Ivan Blaz, porta-voz da Pol�cia Militar, � AFP.

"Os passos seguintes far�o a diferen�a: a chegada de servi�os sociais, emprego, sa�de, educa��o e acolhimento social", acrescentou Blaz, que havia dito anteriormente que a situa��o era de "aparente tranquilidade" e n�o h� registro de "tiroteios" entre criminosos e autoridades.

As ruas do Jacarezinho - -onde vivem cerca de 90.000 pessoas, de acordo com associa��es de moradores - estavam vazias e o com�rcio fechado, em meio a um ambiente tenso e ao medo dos moradores, que n�o quiseram dar entrevistas, conforme constatou uma equipe da AFP.

- Reformula��o das UPPs -

A megaopera��o � parte de um programa do governo estadual, batizado de Cidade Integrada, para transformar "as comunidades do estado do Rio" em que atuam organiza��es criminosas e narcotraficantes, segundo detalhou o governador Cl�udio Castro (PL) no Twitter.

"As opera��es de hoje s�o apenas o come�o dessa mudan�a que vai muito al�m da seguran�a", afirmou.

Castro, que assinalou que dar� mais detalhes no pr�ximo s�bado, disse na semana passada que a iniciativa, com foco social e urban�stico, seria diferente das implementadas em outras �pocas, quando as autoridades aplicavam uma estrat�gia militar contra os grupos criminosos.

Esse enfoque militar � alvo de muitas cr�ticas dos especialistas em seguran�a e viol�ncia, pois apresentam poucos resultados e resultam em um alto �ndice de letalidade.

O projeto Cidade Integrada substituir� as Unidades de Pol�cia Pacificadora (UPP), criadas em 2008 durante governo de S�rgio Cabral, que cumpre pena desde 2016 por corrup��o.

Com a presen�a permanente de policiais nas comunidades, as UPPs conseguiram inicialmente reduzir a viol�ncia, mas a situa��o se deteriorou com o tempo, em particular devido � grave crise financeira que afetou o estado do Rio depois dos Jogos Ol�mpicos de 2016.

Al�m das comunidades dominadas pelo tr�fico, o novo programa abranger� territ�rios onde atuam mil�cias vigilantes, grupos que ganharam espa�o nos �ltimos anos ao controlar bairros inteiros com base em extors�o, venda ilegal de servi�os b�sicos e disputas armadas.

Segundo a Rede de Observat�rios de Seguran�a, formada por organiza��es acad�micas e da sociedade civil, a Cidade Integrada "repete uma f�rmula fracassada de ocupa��o militar e n�o tem um programa social desenhado".

"N�o h� articula��o setorial, nem muito menos di�logo com os moradores", acrescentou a ONG, que a qualificou de jogada eleitoral por parte do governador, pr�-candidato � reelei��o em outubro.

- Opera��o mais mortal da hist�ria -

O Jacarezinho foi cen�rio, em maio do ano passado, de uma controversa e violenta incurs�o policial que deixou 28 mortos, entre eles um agente das for�as de seguran�a.

A opera��o tinha como objetivo desarticular uma organiza��o criminosa que recrutava crian�as e adolescentes para traficar drogas, roubar, sequestrar e assassinar.

Organiza��es de defesa dos direitos humanos a classificaram como a opera��o policial mais mort�fera da hist�ria de Rio e fizeram den�ncias de execu��es extrajudiciais, que a ONU pediu que fossem investigadas.

Desde outubro do ano passado, dois agentes est�o sendo processados na Justi�a por homic�dio.

Na �poca, o presidente Jair Bolsonaro, conhecido por seu discurso de linha dura contra a criminalidade e por sua defesa de policiais e militares, apoiou a opera��o.

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