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Estado de Minas TEGUCIGALPA

Congresso hondurenho tem dois presidentes e crise antes da posse de Castro


23/01/2022 16:34

O Congresso hondurenho nomeou dois presidentes neste domingo (23) em cerim�nias separadas, aprofundando a crise pol�tica a quatro dias da posse da presidente eleita de esquerda, Xiomara Castro.

Dezoito deputados dissidentes do partido de Castro, o Liberdade e Refunda��o (Libre), com o apoio de forma��es de direita, elegeram Jorge C�lix como presidente do Congresso em um centro social,de acordo com uma lista fornecida pelo pr�prio legislador.

Paralelamente, parlamentares do Libre leais a Castro nomearam para presidente da C�mara Baixa o deputado do Partido Salvador de Honduras (PSH), Luis Redondo, no marco de um acordo entreo os dois partidos.

C�lix, acusado de ser um "traidor" por Castro, ainda assim prometeu trabalhar para o programa da presidente eleita, que assume o governo na pr�xima quinta-feira.

"Nossa agenda legislativa tem como prioridade tornar realidade o plano de governo de Xiomara Castro", assegurou o deputado.

C�lix afirmou que obteve o apoio de 80 parlamentares, incluindo 44 votos do Partido Nacional (PN, � direita), do governo cessante, 15 do Partido Liberal (PL) e 19 do Libre, segundo listas divulgadas pelo deputado, o que corresponde a um total de 78.

Xiomara Castro chegou a um acordo com o PSH para votar em Luis Redondo, que pertence a esse partido, para liderar o Congresso com 96 votos, incluindo o de suplentes.

S�o necess�rios 65 votos para alcan�ar a lideran�a do Congresso, metade mais uma das 128 cadeiras.

Centenas de simpatizantes do Libre se reuniram desde s�bado � noite em frente � sede do Congresso, convocados por Castro, em uma vig�lia que durou at� a manh� deste domingo.

C�lix argumentou que sua posse ocorreu em um centro social porque o pr�dio legislativo estava cercado por centenas de apoiadores de Castro e ele temia por sua seguran�a.

No entanto, a escolha e posse de Redondo aconteceu na sede do poder legislativo.

A crise eclodiu na sexta-feira em uma sess�o repleta de golpes e gritos, ap�s C�lix tomar posse como presidente provis�rio do Congresso, em desobedi�ncia ao pacto entre o Libre e o PSH.

Os 18 deputados dissidentes foram expulsos do Libre.

"Reconhe�o a presid�ncia do Congresso chefiada pelo deputado Luis Redondo, convido-o para meu juramento com o povo em 27 de janeiro", escreveu Castro no Twitter.

"Parabenizo os deputados que rejeitam 12 anos de redes de corrup��o de JOH (atual presidente Juan Orlando Hern�ndez)", acrescentou a presidente eleita.

Castro acusa os dissidentes de seu partido de se aliarem ao PN para impedi-la de realizar as transforma��es que prometeu ao povo durante a campanha presidencial.

- Perigos -

"Aproxima-se uma crise de grandes dimens�es, corre-se o risco de Xiomara Castro nem sequer tomar posse", declarou � AFP Eugenio Sosa, analista e professor de Sociologia da Universidade Nacional. "H� tamb�m o perigo de um novo golpe de Estado", alertou.

No entanto, em seu primeiro discurso, C�lix foi contundente: "Enquanto eu mantiver a presid�ncia do primeiro poder do Estado, n�o haver� golpe contra a presidente eleita".

Sobre a legalidade da nomea��o de C�lix, Sosa considerou que o voto dos dissidentes fora do Congresso contou com mais deputados eleitos, o que lhe confere "legalidade".

Mas "Xiomara n�o vai ceder. Ela vai reconhecer Redondo, vai mandar publicar Di�rio Oficial os decretos aprovados por Redondo. � o Executivo quem manda publicar no Di�rio Oficial", explicou.

Castro venceu as elei��es de 28 de novembro por maioria esmagadora, gra�as a uma alian�a com o PSH, em troca de nomear seu candidato presidencial, Salvador Nasralla, para a vice-presid�ncia.

O Congresso � composto por 50 deputados do Libre, 44 do PN (do atual presidente Juan Orlando Hern�ndez), 22 do Partido Liberal (PL, � direita), 10 do PSH e dois de outros partidos.


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