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Estado de Minas RIO DE JANEIRO

Assassinato brutal de congol�s em quiosque de praia do Rio � investigado


01/02/2022 19:32

A Pol�cia Civil do Rio de Janeiro est� investigando o assassinato de um jovem congol�s que, segundo sua fam�lia e imagens divulgadas pela imprensa, foi espancado at� a morte em um quiosque na praia ap�s cobrar pagamentos atrasados do gerente.

Moise Kabagambe, de 24 anos, que chegou ao Brasil em 2011 fugindo da viol�ncia na Rep�blica Democr�tica do Congo, morreu no dia 24 de janeiro � noite em um dos quiosques da praia da Barra da Tijuca, zona oeste do Rio de Janeiro, onde trabalhava por di�rias.

De acordo com relatos de familiares e imagens de uma c�mera de seguran�a divulgadas pelo jornal O Globo, Kabagambe foi agredido por pelo menos tr�s homens ap�s discutir com o gerente, de quem exigia o pagamento de duas di�rias em atraso.

"Ele queria seu dinheiro para voltar para casa e n�o quiseram dar a ele. Eles come�aram a discuss�o (...) e o dono do estabelecimento pegou um peda�o de madeira para bater nele, ele pegou uma cadeira para se defender", disse � AFP Sammy Kabagambe, irm�o de Moise de 28 anos, que tamb�m mora no Rio de Janeiro.

Ap�s amea��-lo, o gerente chamou outras pessoas, que atacaram o jovem por v�rios minutos com peda�os de madeira e um taco de beisebol e amarraram seus p�s e m�os com cordas, contou Sammy, a partir do relato de um primo de Moise e um advogado, que viram imagens das c�meras de seguran�a.

O trecho do v�deo publicado pelo O Globo, de quase quatro minutos e com cortes, mostra que ap�s o espancamento, os homens tentaram reanim�-lo, sem sucesso.

O caso gerou uma onda de indigna��o nas redes sociais, onde v�rios artistas, atletas e autoridades exigiram justi�a.

Caetano Veloso disse no Twitter que chorou ao ler sobre o crime e que o fato do quiosque se chamar "Tropic�lia", nome do movimento cultural dos anos 1960 de qual foi um dos maiores expoentes, aprofunda "a dor de constatar que um refugiado da viol�ncia encontra viol�ncia no Brasil".

"Esse n�o � o Rio que aprendi a amar e que me recebeu de bra�os abertos!!! Queremos justi�a, n�o podemos normalizar crimes como esse!!", tuitou, por sua vez, o jogador Gabigol, atacante do Flamengo.

A imprensa informou que uma pessoa que confessou ter participado do crime se entregou �s autoridades nesta ter�a-feira.

A Delegacia de Homic�dios da Capital (DHC) da Pol�cia Civil informou que est� investigando o caso. "A per�cia foi realizada no local e imagens de c�meras de seguran�a foram analisadas. Dilig�ncias est�o em curso para identificar os autores", disse em um e-mail enviado � AFP.

- "Como um bicho" -

Moise chegou ao Brasil junto com parte de sua fam�lia em 2011, fugindo da inseguran�a na Rep�blica Democr�tica do Congo, que � palco de conflitos armados h� d�cadas.

"Desde ent�o est�vamos procurando come�ar uma nova vida, estudar, depois trabalhar (...) Mas agora n�o h� mais vontade nem de ficar nesse pa�s", lamentou Sammy Kabagambe.

Mois�s morava com outros irm�os e sua m�e, Ivana Lay, em Madureira, na zona norte do Rio de Janeiro.

"N�o podem matar as pessoas assim. Eles quebraram as costas do meu filho, quebraram o pesco�o. Eu fugi do Congo para que eles n�o nos matassem. No entanto, eles mataram o meu filho aqui como matam em meu pa�s. Mataram o meu filho a socos, pontap�s. Mataram ele como um bicho", exclamou a m�e em comovente depoimento ao O Globo.

O prefeito do Rio de Janeiro, Eduardo Paes, afirmou nesta ter�a-feira que "o assassinato de Moise Kabamgabe � inaceit�vel e revoltante".

"Tenho a certeza de que as autoridades policiais atuar�o com a prioridade e rigor necess�rios para nos trazer os devidos esclarecimentos e punir os respons�veis", acrescentou.


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