O presidente ucraniano, Volodimir Zelenski, assistiu a algumas manobras militares perto de Rivne, no oeste.
"Agrade�o por defenderem nosso Estado. Quando vejo voc�s, tenho confian�a", declarou aos militares.
O Ex�rcito russo anunciou que concluiu seus exerc�cios e que os soldados enviados � pen�nsula anexada da Crimeia, no sul da Ucr�nia, abandonaram a regi�o. Na sequ�ncia, publicou um v�deo que mostra uma retirada de tropas e de arsenal militar em um trem noturno que liga Crimeia com a R�ssia.
A mobiliza��o de tropas da R�ssia foi classificada pelo governo dos Estados Unidos como um risco de invas�o iminente e � considerada a crise mais grave de seguran�a na Europa desde a Segunda Guerra Mundial.
H� v�rios dias, � intensa a atividade diplom�tica de americanos e europeus para aplacar os temores de uma invas�o. Os ocidentais alertaram que aplicariam san��es econ�micas em massa contra a R�ssia, em caso de ofensiva, algo que o Kremlin nega querer fazer.
O secret�rio-geral da Organiza��o do Tratado do Atl�ntico Norte (Otan), Jens Stoltenberg, reagiu, ressaltando que, no momento, ainda n�o h� sinais concretos de uma desescalada, apesar das declara��es de Moscou.
"N�o constatamos nenhuma desescalada no terreno por enquanto. Pelo contr�rio, parece que a R�ssia segue refor�ando sua presen�a militar", afirmou Stoltenberg no in�cio da reuni�o dos ministros da Defesa da Alian�a, em Bruxelas.
O chefe da diplomacia americana, Antony Blinken, afirmou nesta quarta-feira que Washington n�o viu "uma retirada significativa" das tropas russas nas fronteiras com a Ucr�nia.
A amea�a da R�ssia "est� l�, � real", declarou o secret�rio de Estado ao canal americano ABC.
"O que estamos vendo n�o � uma retirada significativa. Pelo contr�rio, continuamos vendo for�as, particularmente for�as que seriam o avan�o de uma poss�vel nova agress�o contra a Ucr�nia, que permanecem na fronteira", insistiu.
- Prud�ncia entre os ocidentais -
Os ocidentais se mant�m prudentes. O chefe da diplomacia europeia, Josep Borrell, afirmou que, se confirmada, sem qualquer d�vida, ser� um sinal de distens�o.
Na quinta-feira (17), os l�deres da Uni�o Europeia (UE) se re�nem em Bruxelas para discutir a situa��o na fronteira ucraniana, informou um porta-voz do bloco.
"O refor�o das tropas russas na fronteira ucraniana continua sendo uma fonte de preocupa��o", disse, por sua vez, a ministra alem� da Defesa, Christine Lambrecht.
O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, informou que esta retirada russa "seria positiva", mas ainda precisa ser verificada.
Ao mesmo tempo, estendeu a m�o para Moscou, declarando-se aberto � diplomacia, um an�ncio aplaudido pelo porta-voz do Kremlin, Dmitri Peskov.
"O presidente dos Estados Unidos tamb�m ter expressado sua disposi��o a negocia��es s�rias � algo positivo", comentou.
O governo russo lamenta que os ocidentais tenham rejeitado suas principais exig�ncias, como a de que a Otan ponha fim a sua pol�tica de expans�o e que pro�ba uma eventual ades�o da Ucr�nia � alian�a, al�m da retirada de sua infraestrutura militar do Leste Europeu.
Os ocidentais propuseram, por sua vez, iniciar um di�logo sobre quest�es como o controle do armamento.
A R�ssia tamb�m abriu um novo "front", com a vota��o realizada por seu Parlamento, na ter�a-feira, para reconhecer a independ�ncia dos territ�rios separatistas da Ucr�nia.
Isso representaria uma "grave viola��o do direito internacional", alertou hoje o secret�rio Antony Blinken.
Neste contexto tenso, o presidente chin�s, Xi Jinping, pediu, durante uma conversa com seu hom�logo franc�s, Emmanuel Macron, que se "busque uma solu��o global para a quest�o ucraniana por meio do di�logo e de consultas", informou a ag�ncia oficial de not�cias chinesa Xinhua.
- Bandeiras levantadas -
Nas ruas da Ucr�nia, o pa�s celebra o "Dia da Unidade", decretado pelo presidente Volodymyr Zelensky, que pediu aos cidad�os que exibam a bandeira e as cores do pa�s (azul e amarelo).
Seu governo tenta reduzir a tens�o e rejeita o p�nico provocado por boatos e alertas de invas�o.
Zelensky tamb�m visitar� Mariupol, a �ltima cidade do leste do pa�s sob controle do governo e que � considerada um dos territ�rios sob amea�a em caso de invas�o. Ela fica a apenas 20 quil�metros de onde operam os separatistas pr�-R�ssia que lideram o conflito armado.
A Ucr�nia acusa Moscou de lan�ar um ciberataque em massa contra o pa�s, na ter�a-feira. A ofensiva cibern�tica afetou, principalmente, o site do Minist�rio da Defesa e cerca de 15 bancos.
"A R�ssia n�o tem nada a ver com nenhum ataque cibern�tico", respondeu Dmitri Peskov, nesta quarta-feira.
KIEV