Com uma maioria absoluta de 75 votos a favor, a Assembleia Nacional (com 137 assentos) deu luz verde ao projeto de lei que regulamenta o aborto por ordem da Corte Constitucional.
Pelas novas regras, as v�timas de estupro com menos de 18 anos poder�o abortar at� 18 semanas de gravidez.
As maiores de idade (a partir de 18 anos) poder�o faz�-lo at� doze semanas, enquanto aquelas que vivem em �reas rurais ou em comunidades ind�genas remotas ter�o a op��o de realizar esse procedimento at� 18 semanas de gesta��o, para que tenham mais tempo para encontrar assist�ncia m�dica.
A vota��o ocorreu em meio ao protesto de ativistas a favor do aborto, que se reuniram do lado de fora da sede legislativa para exigir que n�o haja prazos.
"Estamos aqui representando todos as sobreviventes de estupro que ser�o for�adas � clandestinidade e � maternidade porque os prazos que a Assembleia imp�e s�o restritivos", disse Ver�nica Vera, de 31 anos, � AFP.
Um grupo antiaborto tamb�m protestou do lado de fora do Congresso, embora nenhum incidente tenha sido relatado.
O texto agora segue para a aprecia��o do presidente conservador Guillermo Lasso, que se op�e ao aborto e pode vetar total ou parcialmente seu conte�do.
"Eu n�o acredito em aborto, assim como n�o acredito em pena de morte", disse Lasso no in�cio do ano.
O presidente acrescentou estar "determinado a vet�-lo, n�o posso dizer se ser� um veto total ou parcial, depende de qual for o texto final da Assembleia".
Se ele vetar a lei inteira, o Congresso poder� rever a quest�o depois de um ano e aprov�-la com dois ter�os dos votos (91 de 137).
Mas se ele contestar apenas parte do texto, Lasso ter� que apresentar uma alternativa para aprecia��o no Congresso, onde n�o tem maioria.
Em abril de 2021, a Corte Constitucional ampliou o acesso ao aborto em casos de estupro. Antes, apenas mulheres com defici�ncia ou em perigo de morte podiam interromper voluntariamente a gravidez.
Sete menores de 14 anos d�o � luz todos os dias no Equador, o terceiro pa�s latino-americano com maior �ndice de gravidez em meninas e adolescentes, segundo dados oficiais.
QUITO