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Estado de Minas MOSCOU

Ucr�nia resiste a avan�o russo e Zelensky diz que fica em Kiev


25/02/2022 20:37

O avan�o das for�as da R�ssia na Ucr�nia se deparou nesta sexta-feira (25) com uma forte resist�ncia na capital, Kiev, onde o presidente Volodymyr Zelensky desafiou os apelos do l�der russo, Vladimir Putin, para que fosse derrubado pelo pr�prios ucranianos.

Putin convocou o Ex�rcito ucraniano a tomar o poder no segundo dia de invas�o, que j� provocou a fuga de mais de 50.000 ucranianos do pa�s, assim como 100.000 deslocados internos - segundo a ONU - e mais de 100 mortos, de acordo com Kiev.

Em pronunciamento na TV, o presidente russo classificou o governo de Zelensky como "um bando de viciados em drogas e neonazistas", e afirmou, dirigindo-se aos militares ucranianos: "Tomem o poder com suas m�os. Acredito que ser� m�s f�cil negociarmos voc�s e eu."

Zelensky respondeu com a divulga��o de um v�deo gravado em frente ao pal�cio presidencial. "Estamos todos aqui, nossos militares est�o aqui, os cidad�os, a sociedade, estamos todos aqui, defendendo a nossa independ�ncia, o nosso Estado", proclamou, ao lado de seus principais colaboradores. Zelensky elogiou o "hero�smo" da popula��o diante do avan�o da R�ssia rumo � capital.

O secret�rio-geral da Otan, o noruegu�s Jens Stoltenberg, tamb�m elogiou a mobiliza��o das for�as ucranianas, "que lutam com coragem e mant�m sua capacidade de causar perdas �s for�as invasoras russas".

Nesse sentido, um funcion�rio do alto escal�o do Departamento de Defesa dos Estados Unidos, que preferiu manter o anonimato, afirmou que a ofensiva russa estava perdendo for�a, sobretudo em Kiev, devido � resist�ncia dos ucranianos.

O Minist�rio de Defesa da Ucr�nia, por sua vez, afirmou que suas tropas eliminaram 2.800 soldados russos, sem apresentar provas. Moscou n�o divulgou informa��es sobre baixas em suas fileiras at� o momento.

Zelensky contou que conversou com o presidente americano, Joe Biden, sobre o "refor�o das san��es, de uma assist�ncia de defesa concreta e de uma coaliz�o antia�rea", al�m de manifestar seu "agradecimento" pelo "forte" apoio americano.

A Otan anunciou que ativar� seus planos de defesa, "para impedir excessos contra territ�rios da alian�a", segundo Stoltenberg. Trata-se da For�a de Resposta, um corpo formado por 40.000 militares, cuja ponta de lan�a, a For�a Conjunta de Alta Prontid�o (VJTF, sigla em ingl�s), conta com 8.000 membros.

- Corpos nas ruas -

Ao amanhecer desta sexta-feira, era poss�vel ouvir disparos e explos�es no bairro residencial de Oblon, norte de Kiev, provocados pelo que parecia um regimento avan�ado das for�as russas.

Jornalistas da AFP viram um corpo na cal�ada e ambul�ncias socorrendo uma pessoa que teve o carro "atropelado" por um ve�culo blindado.

Durante o dia, as sirenes e explos�es n�o deixaram de soar em Kiev, cidade que, ap�s a fuga de muitos moradores, apresenta um aspecto fantasmag�rico. Ve�culos blindados e soldados patrulhavam os cruzamentos em torno do distrito onde ficam os edif�cios do governo.

As for�as ucranianas informaram nesta sexta-feira que combatiam unidades russas em Dymer e Ivankiv, localidades situadas 40 e 80 quil�metros ao norte de Kiev, respectivamente. Os russos estariam avan�ando tamb�m pelo nordeste e leste, segundo a mesma fonte.

O Minist�rio da Defesa ucraniano convocou a popula��o a resistir. "Pedimos aos cidad�os que nos informem sobre a movimenta��o de tropas, que fabriquem coquet�is Molotov e neutralizem o inimigo", disse.

Putin, por outro lado, est� disposto a enviar uma delega��o a Minsk, capital de Belarus, pa�s aliado da R�ssia, para negociar com a Ucr�nia, indicou seu porta-voz, Dmitry Peskov. Contudo, o porta-voz do Departamento de Estado americano, Ned Price, criticou a proposta, qualificando-a de "diplomacia sob a mira de uma pistola, quando as bombas, os disparos de morteiro e a artilharia de Moscou est�o apontadas contra os civis" ucranianos.

- San��es em todos os �mbitos -

A R�ssia exige que a Ucr�nia abandone sua ambi��o de aderir � Otan e pede que a alian�a militar liderada pelos EUA reduza a sua presen�a no Leste Europeu.

Ap�s a ofensiva, a Uni�o Europeia (UE) desbloqueou um pacote de san��es "maci�as" nos setores de energia e financeiro. O pr�prio Putin e seu chanceler, Sergei Lavrov, foram inclu�dos hoje na lista de personalidades sancionadas, com ativos congelados, por Uni�o Europeia, Reino Unido e Canad�, enquanto os Estados Unidos anunciaram que tomariam medidas semelhantes.

Zelensky pediu ao Ocidente que expulsasse a R�ssia do sistema de transfer�ncias banc�rias Swift, mas alguns pa�ses da Uni�o Europeia, como Alemanha e Hungria, manifestaram suas d�vidas, pelo temor de que essa medida pudesse provocar problemas na entrega de g�s russo. Em resposta, a porta-voz da diplomacia russa, Maria Zakharova, afirmou que as san��es contra Putin e Lavrov mostram "a impot�ncia" dos ocidentais.

Outra retalia��o veio da Organiza��o para a Coopera��o e o Desenvolvimento Econ�mico (OCDE), que rejeitou o processo de ades�o da R�ssia e fechou seu escrit�rio em Moscou.

A resposta � invas�o tamb�m chegou ao esporte e ao mundo da cultura. A Uefa retirou S�o Petersburgo como sede da final da Liga dos Campe�es, que ser� disputada agora em Paris. Al�m disso, a organiza��o da F�rmula-1 cancelou a realiza��o do Grande Pr�mio da R�ssia, que fazia parte do calend�rio de 2022 da categoria.

O Eurovision, popular concurso musical disputado por representantes de diferentes pa�ses do continente, anunciou que fecharia suas portas a concorrentes do pa�s invasor.

O Papa Francisco, por sua vez, reuniu-se com o embaixador russo no Vaticano para manifestar "sua preocupa��o". Em um tu�te, publicado em v�rios idiomas, entre eles o russo, afirmou que "toda guerra � uma rendi��o vergonhosa".


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