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Estado de Minas MOSCOU

Presidente ucraniano pede para defender Kiev com unhas e dentes do ataque russo


25/02/2022 23:19

O presidente ucraniano, Volodimir Zelensky, convocou seus compatriotas, na madrugada deste s�bado (26, noite de sexta-feira no Brasil), a defender Kiev, a capital, de um ataque iminente das tropas russas que invadiram o pa�s.

"N�o podemos perder a capital. Falo com nossos defensores, homens e mulheres em todas as frentes: hoje � noite, o inimigo vai usar todas as suas for�as para romper nossas defesas da maneira mais vil, dura e desumana. V�o tentar um ataque", afirmou Zelensky em um v�deo postado no site presidencial.

Na v�spera, as tropas invasoras lan�adas pelo presidente russo, Vladimir Putin, chegaram a um bairro ao norte de Kiev, mas logo pareceram perder for�as. Pela noite, combates foram registrados em Vasilkov, cerca de 30 km ao sul da capital.

No local, as tropas ucranianas abateram um avi�o de transporte Il-76 e travavam "combates violentos" contra os russos que "tentam descarregar tropas pelo ar", disse o Minist�rio da Defesa neste s�bado, relatando tamb�m a destrui��o de um helic�ptero e um ca�a no leste do pa�s.

O secret�rio-geral da Otan, o noruegu�s Jens Stoltenberg, elogiou a mobiliza��o das for�as ucranianas, "que lutam com coragem e mant�m sua capacidade de causar perdas �s for�as invasoras russas".

A ofensiva russa provocou a fuga de mais de 50.000 ucranianos do pa�s, assim como 100.000 deslocados internos - segundo a ONU - e mais de 100 mortos, de acordo com Kiev.

Vladimir Putin exortou o ex�rcito ucraniano a "tomar o poder" e chamou o governo Zelensky de "gangue de viciados em drogas e neonazistas".

Zelensky respondeu com a divulga��o de um v�deo gravado em frente ao pal�cio presidencial. "Estamos todos aqui, nossos militares est�o aqui, os cidad�os, a sociedade, estamos todos aqui, defendendo a nossa independ�ncia, o nosso Estado", proclamou, ao lado de seus principais colaboradores.

O Minist�rio da Defesa ucraniano chamou a popula��o a resistir.

"Pedimos aos cidad�os que nos informem dos movimentos de tropas, que fabriquem coquet�is Molotov e neutralizem o inimigo", pediu.

Civis alistados nas brigadas de "defesa do territ�rio", identificados com bra�adeiras amarelas, s�o onipresentes em toda a capital. "Eu nunca tinha pegado em armas at� hoje. Vamos tentar fazer o melhor que pudermos", disse Roman Bondertsev, no norte de Kiev.

"E se eles me matarem, haver� outras duas pessoas prontas para tomar o meu lugar", acrescentou.

- Diplomacia travada -

Enquanto isso, os pa�ses ocidentais adotaram uma s�rie de san��es contra entidades, empresas e autoridades russas, entre elas Putin, em resposta � invas�o.

Zelensky contou que conversou com o presidente americano, Joe Biden, sobre o "refor�o das san��es, de uma assist�ncia de defesa concreta e de uma coaliz�o antia�rea", al�m de manifestar seu "agradecimento" pelo "forte" apoio americano.

Contudo, a diplomacia segue travada.

No Conselho de Seguran�a da ONU, a R�ssia vetou uma resolu��o promovida pelos Estados Unidos e pela Alb�nia para deplorar a "agress�o" contra a Ucr�nia.

A porta-voz da diplomacia russa, Maria Zakharova, disse que as rela��es entre Moscou e as pot�ncias ocidentais est�o se aproximando de um "ponto de n�o retorno".

"N�o foi nossa op��o. Quer�amos o di�logo, mas os anglo-sax�es fecharam essas op��es uma atr�s da outra e come�aram a agir de forma diferente", acusou.

Segundo Zakharova, as san��es contra Putin e seu ministro das Rela��es Exteriores, Sergei Lavrov, mostram a "impot�ncia" dos pa�ses ocidentais.

Putin disse estar disposto a enviar uma delega��o a Minsk, capital de Belarus, para negociar com a Ucr�nia.

O porta-voz da diplomacia americana, Ned Price, descreveu esta proposta como uma "diplomacia realizada sob a mira de armas, quando bombas, morteiros e artilharia de Moscou atingem civis ucranianos".

A Otan anunciou que ativar� seus planos de defesa para refor�ar seu flanco oriental.

A R�ssia exige que a Ucr�nia abandone sua ambi��o de aderir � Otan e pede que a alian�a militar liderada pelos EUA reduza a sua presen�a no Leste Europeu.

- San��es em todos os �mbitos -

Ap�s a ofensiva, a Uni�o Europeia (UE) desbloqueou um pacote de san��es "maci�as" nos setores de energia e financeiro.

O pr�prio Putin e seu chanceler, Sergei Lavrov, foram inclu�dos hoje na lista de personalidades sancionadas, com ativos congelados, por Uni�o Europeia, Reino Unido e Canad�, enquanto os Estados Unidos anunciaram que tomariam medidas semelhantes.

Zelensky pediu ao Ocidente que expulsasse a R�ssia do sistema de transfer�ncias banc�rias Swift, mas alguns pa�ses da Uni�o Europeia, como Alemanha e Hungria, manifestaram suas d�vidas, pelo temor de que essa medida pudesse provocar problemas na entrega de g�s russo.

Outra retalia��o veio da Organiza��o para a Coopera��o e o Desenvolvimento Econ�mico (OCDE), que rejeitou o processo de ades�o da R�ssia e fechou seu escrit�rio em Moscou.

A resposta � invas�o tamb�m chegou ao esporte e ao mundo da cultura. A Uefa retirou S�o Petersburgo como sede da final da Liga dos Campe�es, que ser� disputada agora em Paris. Al�m disso, a organiza��o da F�rmula 1 cancelou a realiza��o do Grande Pr�mio da R�ssia, que fazia parte do calend�rio de 2022 da categoria.

O Eurovision, popular concurso musical disputado por representantes de diferentes pa�ses do continente, anunciou que fecharia suas portas a concorrentes do pa�s invasor.

O Papa Francisco, por sua vez, reuniu-se com o embaixador russo no Vaticano para manifestar "sua preocupa��o". Em um tu�te, publicado em v�rios idiomas, entre eles o russo, afirmou que "toda guerra � uma rendi��o vergonhosa".

- Corpos nas ruas -

Ao amanhecer desta sexta-feira, era poss�vel ouvir disparos e explos�es no bairro residencial de Oblon, norte de Kiev, provocados pelo que parecia um regimento avan�ado das for�as russas.

Jornalistas da AFP viram um corpo na cal�ada e ambul�ncias socorrendo uma pessoa que teve o carro "atropelado" por um ve�culo blindado.

Durante o dia, as sirenes e explos�es n�o deixaram de soar em Kiev, cidade que, ap�s a fuga de muitos moradores, apresenta um aspecto fantasmag�rico. Ve�culos blindados e soldados patrulhavam os cruzamentos em torno do distrito onde ficam os edif�cios do governo.

As for�as ucranianas informaram nesta sexta-feira que combatiam unidades russas em Dymer e Ivankiv, localidades situadas 40 e 80 quil�metros ao norte de Kiev, respectivamente. Os russos estariam avan�ando tamb�m pelo nordeste e leste, segundo a mesma fonte.


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