
� ainda o segundo maior produtor de g�s natural e o terceiro em extra��o de petr�leo, detendo 12% do mercado mundial de �leo. � respons�vel tamb�m por 13% do mercado global de fertilizantes. A princ�pio, as opera��es comerciais envolvendo esses produtos n�o sofreram san��es, mas, na pr�tica, o embargo � economia russa vai afetar a oferta desses produtos, elevando os pre�os das commodities.
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Na semana passada, as gigantes do com�rcio de alimentos no mundo, Bunge, ADM e CHS paralisaram suas atividades em solo ucraniano. Essas decis�es afetam as exporta��es russas e deixam o mundo em expectativa em rela��o � extens�o do conflito e dos impactos econ�micos da guerra. Em todo o mundo, mas especialmente para o Brasil, a invas�o da Ucr�nia pela R�ssia ocorre em um momento de escalada da infla��o de custos no agroneg�cio e vai salgar os pre�os dos produtos agr�colas na mesa dos brasileiros.
Com o estresse da guerra, os pre�os do trigo come�aram esta segunda-feira no maior valor em 14 anos e j� acumulam alta de mais de 20%. Como o Brasil importa 50% do trigo que consome basicamente da Argentina, n�o interfere na oferta, mas n�o tem como segurar os pre�os. Mas a maior preocupa��o hoje diz respeito aos fertilizantes, que no ano passado j� sofreram fortes aumentos por causa do desequil�brio nas cadeias de suprimentos no mundo.
Apenas a ureia teve alta de US$ 200 a tonelada nos �ltimos dias, passando de US$ 500 para US$ 750, sendo que no ano passado a alta j� havia sido de 70,1%. Outros fertilizantes, como MAP (fosfato monoam�nico) e KCL (cloreto de pot�ssio) tiveram aumentos de 74,8% e 152,6%, respectivamente. Apesar de ser o maior produtor de alimentos, o Brasil depende em mais de 60% de adubos importados.
Sem eles, a produ��o agr�cola, que enfrentou seca no Sul e enchentes no Sudeste, ser� reduzida por uma menor produtividade por �rea plantada. Produ��o menor no Brasil diante de uma demanda mundial de gr�os crescendo mais de 30% ao ano. Defensivos tamb�m ficaram mais caros, como o glifosato, por exemplo, que teve alta de 126,8%.
A continuidade do conflito nos pr�ximos dias e a perman�ncia das san��es sobre a R�ssia v�o pressionar pre�os de commodities, elevando a infla��o em praticamente todo o mundo, movimento esse que obrigar� bancos centrais das grandes economias e de pa�ses emergentes, leia-se Brasil, a elevar as taxas de juros de forma mais r�pida. � cedo para progn�sticos, mas a economia mundial crescer� menos do que o previsto este ano e n�o se pode descartar uma recess�o t�cnica no Brasil. Vendo a economia crescer menos ou mesmo retroceder, os brasileiros ter�o de conviver com a comida mais cara nas mesas.