Volunt�rios, autoridades, organiza��es humanit�rias, profissionais e empresas, al�m da grande popula��o ucraniana radicada na Pol�nia, oferecem o essencial: um lugar para descansar em suas casas.
E especialmente calor humano para as crian�as e mulheres, que precisaram deixar a Ucr�nia sem os pais e maridos, mobilizados para defender o pa�s.
"Aqui temos m�dicos de Israel e da Fran�a, eu os ajudo, atuo como tradutor porque entendo um pouco de ucraniano", afirmou Kusiak, de 27 anos, que est� h� quatro dias na �rea da passagem de fronteira de Medyka.
Polon�s nascido na Fran�a, Kusiak � um gerente de eventos que fala quatro idiomas e decidiu trabalhar como tradutor para evitar mal-entendidos com os estrangeiros, depois de assistir na internet v�deos xenof�bicos que alertavam contra a entrada de �rabes e africanos.
Tamb�m forneceu barracas, geradores, aquecedores e alimentos, depois procurou organizar a coordena��o entre a pol�cia, m�dicos, os bombeiros que organizam o transporte e os volunt�rios que distribuem a sopa quente.
A mobiliza��o pelos refugiados � geral, como demonstram as cenas na esta��o central de Crac�via, por onde passam centenas de refugiados.
"Nosso ponto de recep��o est� cheio e temos muitas pessoas o tempo todo", conta � AFP a volunt�ria Anna Lach.
"Temos um local no subsolo que est� sempre lotado e � por isso que outras pessoas aguardam aqui para ver se podem ficar e passar a noite", explica.
Outra volunt�ria, Maja Mazur, afirmou: "Temos mais locais na cidade onde podem ficar. Eles podem permanecer um ou dois dias antes da transfer�ncia. N�s oferecemos alguma bebida, algo quente, algo para comer e um local onde podem dormir".
Alguns refugiados desejam prosseguir a viagem rumo ao oeste da Europa, em meio ao sofrimento pela separa��o da fam�lia.
"Eu vim de Kharkiv com minha fam�lia, com meus dois filhos e meus pais", afirma a arquiteta Anna Gimpelson.
"Meu marido ficou em Lviv porque ainda pode servir no ex�rcito e n�o pode sair do pa�s. Nossa cidade vive momentos realmente terr�veis. Temos bombas por todos os lados e a casa dos nossos vizinhos n�o existe mais", acrescenta.
"Viajamos por tr�s dias e agora vamos para a casa de um amigo em D�sseldorf (Alemanha). Pode ser que passemos algum tempo l� enquanto pensamos no que fazer", disse.
O governo polon�s antecipa que o fluxo de refugiados continuar� nos pr�ximos dias.
"Preparar a infraestrutura para estarmos prontos para receber uma nova onda de refugiados sem saber qual ser� seu tamanho, este � o nosso principal desafio no momento", afirmou no domingo Michal Dworczyk, chefe de gabinete do primeiro-ministro polon�s Mateusz Morawiecki.
A ONU anunciou no domingo que mais de 1,5 milh�o de pessoas sa�ram da Ucr�nia em busca de ref�gio em 11 dias. Dois ter�os desse total entraram na Pol�nia.
Ao mesmo tempo, a unidade polonesa da Anistia Internacional pediu que as pessoas n�o esque�am os refugiados do Oriente M�dio, s�rios e iemenita, bloqueados na fronteira com Belarus, e alertou sobre "a enorme injusti�a" pelo tratamento desigual dos estrangeiros com base em sua nacionalidade.
MEDYKA