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Estado de Minas KIEV

Ex�rcito russo amplia ofensiva na Ucr�nia


11/03/2022 09:19

As tropas russas intensificam sua ofensiva na Ucr�nia, onde bombardearam pela primeira vez a cidade de Dnipro (centro) e dois aer�dromos militares no oeste do pa�s, enquanto apertam o cerco em torno de Kiev, a capital, em meio a den�ncias sobre novos ataques contra civis.

Dnipro, cidade industrial �s margens do rio Dnieper, que separa o leste do pa�s - pr�-russo - do restante do territ�rio ucraniano, foi alvo de bombardeios que causaram pelo menos uma morte, segundo autoridades locais.

"Houve tr�s ataques a�reos na cidade, atingindo uma creche, um conjunto residencial e uma f�brica de sapatos de dois andares, onde um inc�ndio foi declarado. Uma pessoa morreu", informaram os servi�os de emerg�ncia em Dnipro.

O Minist�rio russo da Defesa informou, por sua vez, que "os aer�dromos militares de Lutsk e Ivano-Franovsk (oeste) estavam fora de servi�o". Quatro soldados ucranianos foram mortos e seis ficaram feridos no bombardeio do aeroporto militar de Lutsk, segundo as autoridades locais.

A guerra j� obrigou mais de 2,5 milh�es de pessoas a deixarem a Ucr�nia, e outros dois milh�es, a se deslocarem para outras partes do pa�s, segundo o Alto Comissariado das Na��es Unidas para os Refugiados (Acnur).

Nesta sexta-feira (11), o presidente russo, Vladimir Putin, deu seu aval para a participa��o na invas�o de combatentes "volunt�rios", juntamente com os cerca de 150.000 soldados j� destacados no terreno, em resposta aos "mercen�rios" enviados pelos pa�ses ocidentais.

A ideia partiu do Minist�rio da Defesa e, segundo o Kremlin, trataria-se, sobretudo, de cidad�os do Oriente M�dio, particularmente s�rios, que teriam manifestado o desejo de ir para o "front" lutar ao lado da R�ssia.

- "Fortaleza" Kiev -

Mais cedo, o Ex�rcito ucraniano alertou, em um relat�rio, que "o inimigo est� tentando eliminar as defesas das for�as ucranianas" em v�rios locais a oeste e norte de Kiev, com o objetivo de "bloquear a capital".

O Ex�rcito n�o excluiu "um movimento inimigo para o leste, na dire��o de Brovary", �s portas de Kiev.

O prefeito da capital, o famoso ex-boxeador Vitali Klitschko, disse que metade da popula��o foi embora e que a cidade, antes com quase 3 milh�es de habitantes, "transformou-se em uma fortaleza".

"Todas as ruas, todos os pr�dios, todos os postos de controle foram fortificados", descreveu.

Desde o in�cio da ofensiva russa, em 24 de fevereiro, as for�as invasoras cercaram pelo menos quatro grandes cidades ucranianas e enviaram ve�culos armados para o flanco nordeste de Kiev, onde sub�rbios como Irpin e Busha s�o bombardeados h� dias.

Os soldados ucranianos descreveram intensos combates para controlar a principal rodovia que leva � capital.

O Minist�rio brit�nico da Defesa informou que esta estrat�gia de cercar as cidades "reduzir� o n�mero de for�as dispon�veis para avan�ar e retardar� o progresso russo".

- "Ataque brutal" -

Bombardeios noturnos tamb�m atingiram as cidades de Chernihiv (norte), Sumy (nordeste) e Kharkiv (leste), fortemente afetadas pela ofensiva russa. Os ataques causaram danos a edif�cios residenciais e a infraestruturas de abastecimento de �gua e de eletricidade.

Perto de Oskil, na regi�o de Kharkiv, uma instala��o para pessoas com defici�ncia foi alvo dos bombardeios russos, disse uma autoridade local nesta sexta-feira.

"Os russos cometeram, novamente, um ataque brutal contra civis", lamentou Oleh Sinegubov no aplicativo Telegram, acrescentando que nenhuma v�tima foi registrada. No momento do ataque, havia 330 pessoas no centro, 73 das quais puderam ser retiradas.

Este ataque ocorreu dois dias ap�s o bombardeio contra um hospital infantil em Mariupol (sul), que deixou tr�s mortos, incluindo uma menina. Nesta cidade, �s margens do Mar de Azov, a situa��o � descrita como "apocal�ptica".

Segundo seu prefeito, Vadim Boishenko, mais de 1.200 moradores morreram em Mariupol ap�s dez dias de cerco.

O representante local do Comit� Internacional da Cruz Vermelha, Sasha Volkov, alertou que alguns moradores "come�aram a brigar por comida" e que muitos est�o sem �gua pot�vel.

Al�m disso, as Na��es Unidas informaram que outros dois hospitais pedi�tricos foram atacados e destru�dos, al�m do de Mariupol.

Segundo a respons�vel pelos direitos humanos do Parlamento ucraniano, Liudmyla Denisova, 71 crian�as morreram nesta guerra, e mais de 100 ficaram feridas.

Embora com desaven�as e recrimina��es de descumprimento, ambos os lados concordaram em instalar corredores humanit�rios que permitiram a retirada, nos �ltimos dois dias, de cerca de 100.000 civis de Sumy (nordeste), Izium (leste) e dos arredores de Kiev.

- Otan "n�o quer uma guerra aberta" -

Vladimir Putin pediu nesta sexta a seu ministro da Defesa, Serguei Shoigu, que propusesse destacamentos militares na fronteira ocidental da R�ssia, em resposta aos realizados pela Organiza��o do Tratado do Atl�ntico Norte (Otan) no Leste Europeu.

Em entrevista � AFP, o secret�rio-geral da Otan, Jens Stoltenberg, enfatizou, por�m, que a Alian�a tem "a responsabilidade de impedir que esse conflito se alastre para al�m das fronteiras da Ucr�nia e se transforme em uma guerra aberta entre a R�ssia e a Otan".

Os Estados Unidos e seus aliados europeus contemplam a imposi��o de san��es adicionais � R�ssia.

At� agora, os pa�ses ocidentais ofereceram apoio militar e humanit�rio � Ucr�nia e est�o considerando aumentar as san��es contra Moscou.

Tamb�m nesta sexta, o chefe da diplomacia da Uni�o Europeia (UE), Josep Borrell, disse que prop�s aos l�deres do bloco, reunidos em uma c�pula na Fran�a, que se aprove uma contribui��o adicional de 500 milh�es de euros (US$ 548 milh�es) em ajuda militar para a Ucr�nia.

E, na quinta-feira (10), o Congresso americano aprovou um novo or�amento que inclui US$ 14 bilh�es para a Ucr�nia em apoio econ�mico e financeiro, mas tamb�m armas e muni��es.

Ap�s as primeiras negocia��es de alto n�vel entre os dois lados desde o in�cio do conflito, realizada na quinta-feira na Turquia, o governo russo prometeu a abertura di�ria de corredores humanit�rios para os ucranianos fugirem dos combates para a R�ssia.

A Ucr�nia se recusa a retirada de seus cidad�os para a R�ssia e reivindica corredores humanit�rios dentro de suas fronteiras.

Nesta sexta-feira, o Conselho de Seguran�a da ONU ter� uma reuni�o urgente sobre esta quest�o, a pedido da R�ssia.


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