Desde sua independ�ncia do Sud�o em 2011, o pa�s mais jovem do mundo est� mergulhado em uma viol�ncia pol�tico-�tnica e em um quadro de instabilidade cr�nica.
A viol�ncia e a instabilidade impedem o pa�s de se recuperar da sangrenta guerra civil que deixou cerca de 400 mil mortos e quatro milh�es de deslocados entre 2013 e 2018.
Um acordo de paz assinado em 2018 pelos inimigos Riek Machar e Salva Kiir continua sendo, em grande parte, inaplic�vel. Em fevereiro, a ONU alertou sobre um "risco real de retorno ao conflito" no territ�rio.
No in�cio de mar�o, um relat�rio conjunto da Miss�o das Na��es Unidas no pa�s (UNMISS, na sigla em ingl�s) e do Escrit�rio de Direitos Humanos das Na��es Unidas afirmou que pelo menos 440 civis foram assassinados entre junho e setembro de 2021 na regi�o de Tambura, no estado de Equatoria Ocidental (sudoeste).
Isso aconteceu durante os combates entre fac��es do vice-presidente Riek Machar e do Ex�rcito leal ao presidente Salva Kiir.
Nesta sexta-feira, a Comiss�o de Direitos Humanos das Na��es Unidas no Sud�o do Sul divulgou um novo relat�rio, informando ter "motivos razo�veis para acreditar que membros do governo do Sud�o do Sul cometeram atos equivalentes a crimes de guerra" nos estados da Equatoria Central e Ocidental.
A Comiss�o "estabeleceu uma lista de 142 pessoas, cuja investiga��o se justifica por uma s�rie de crimes sob o direito interno e internacional", declarou sua presidente, Yasmin Sooka, ao Conselho de Direitos Humanos da ONU, sediado em Genebra.
O documento descreve in�meras viola��es dos direitos humanos, que incluem estupro, escravid�o sexual de mulheres e assassinato de dezenas de crian�as. Entre elas, j� pelo menos um beb�, espancado at� a morte na frente da m�e.
Mais de dois milh�es de sul-sudaneses fugiram do pa�s, constituindo a "maior crise de refugiados da �frica", segundo o Alto Comissariado das Na��es Unidas para os Refugiados (Acnur).
NAIR�BI