Putin acusou Ucr�nia de 'crimes de guerra' em conversa com Macron

O presidente russo, Vladimir Putin, disse a seu colega franc�s Emmanuel Macron na quarta-feira que as for�as ucranianas s�o culpadas de "v�rios crimes de guerra" e que as tropas russas est�o fazendo "todo o poss�vel" para evitar mortes de civis, segundo o Kremlin.

Nessa conversa "chamou-se a aten��o para os muitos crimes de guerra cometidos diariamente pelas for�as de seguran�a ucranianas".

Sobre esse tema, foi apontado, "em particular, para ataques maci�os de foguetes e artilharia em cidades no Donbas", uma regi�o no leste da Ucr�nia em parte controlada por separatistas pr�-R�ssia, disse o Kremlin em comunicado.

Putin afirmou a Macron que os militares russos est�o "fazendo todo o poss�vel para preservar a vida de civis pac�ficos, incluindo a organiza��o de corredores humanit�rios para sua sa�da segura", segundo Moscou.

No telefonema, que foi uma "iniciativa francesa", observou a fonte presidencial russa, os dois l�deres tamb�m discutiram as negocia��es em andamento entre Moscou e Kiev para encerrar o conflito militar na Ucr�nia.

Em contrapartida, Macron expressou nesta sexta-feira a Vladimir Putin sua "extrema preocupa��o" com a situa��o em Mariupol, cidade no sudeste da Ucr�nia bombardeada pelo ex�rcito russo, e pediu "o levantamento do cerco", indicou o Eliseu.

Durante uma nova conversa telef�nica entre os presidentes franc�s e russo, que durou 1h10, Macron "exigiu novamente o respeito imediato de um cessar-fogo" na Ucr�nia, disse a presid�ncia.

O franc�s colocou sobre a mesa "a deteriora��o da situa��o, a continua��o dos ataques que atingem civis e o desrespeito do direito humanit�rio".

Em rela��o ao porto de Mariupol, "pediu medidas concretas e verific�veis para o levantamento do cerco, acesso humanit�rio e um cessar-fogo imediato".

As autoridades ucranianas acusaram na quarta-feira a for�a a�rea russa de ter "conscientemente" bombardeado um teatro utilizado por centenas de habitantes como abrigo.

O presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, anunciou que "centenas" de pessoas estavam sob os escombros, enquanto mais de 130 foram salvas. De acordo com uma primeira avalia��o da prefeitura, o bombardeio causou pelo menos um ferido grave, mas nenhuma morte.

A prefeitura de Mariupol informou que a situa��o na cidade � "cr�tica", com bombardeios russos "ininterruptos" e destrui��o "colossal".