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Estado de Minas GUERRA NA UCR�NIA

Toque de recolher: Kiev se prepara para ataque russo ao centro da capital

Capital ucraniana teve regi�es noroeste e leste destr�das por ataques russos e, agora, se prepara para tentar conter avan�o sobre o centro da cidade


22/03/2022 14:45 - atualizado 22/03/2022 15:05

Kiev
Poucos ucranianos civis que ficaram em Kiev vivem em uma 'cidade fantasma', sob ataque russo (foto: Aris Messinis/AFP)
Entre sacos de areia e armas em punho, Kiev aguarda o ataque do ex�rcito russo, mesmo que as tropas invasoras pare�am empacadas no noroeste e leste da capital, novamente sob toque de recolher nesta ter�a-feira (22).

Sirenes antia�reas e detona��es distantes comp�em a trilha sonora di�ria dos que resistem na cidade, estranhos tambores de guerra para uma cidade fantasma, banhada por um sol quase primaveril que faz brilhar as c�pulas douradas da Catedral Ortodoxa de Santa Sofia.

Todas as lojas est�o fechadas em cumprimento ao toque de recolher, o terceiro desde o in�cio da guerra, que durar� at� quarta-feira de manh�.

A ordem � todo mundo em casa e descer para os "abrigos assim que as sirenes come�arem a soar", segundo o prefeito e ex-campe�o mundial de boxe Vitali Klitschko.

"Para as pessoas � uma oportunidade de respirar um pouco", diz Alexis, professor de alem�o antes da invas�o, e que agora guia uma equipe da AFP pela cidade. "De qualquer forma, eles est�o traumatizados, n�o t�m vontade de sair"

"Moral alta"

Grande parte dos 3,5 milh�es de habitantes de Kiev, especialmente mulheres e crian�as, fugiram da capital desde o in�cio do conflito em 24 de fevereiro. Permanecem, sobretudo, homens mobilizados pelo ex�rcito e pessoas mais velhas.

O toque de recolher "� como uma pausa", sorri Maxim Kostetskyi, advogado de 29 anos. "N�o sabemos se os russos continuar�o tentando cercar a cidade, mas nos sentimos muito mais seguros, o moral est� alto", garante este membro de uma unidade de volunt�rios.

Kiev, Ucrânia
Ataques russos destru�ram shopping e v�rios outros pr�dios no Noroeste de Kiev (foto: Fadel Senna/AFP)
Apenas carros de pol�cia, caminh�es militares e alguns ve�culos civis ocupados por homens armados circulam pelas ruas desertas da cidade.

As picha��es dizem: "Ex�rcito russo, foda-se!", "Gl�ria � Ucr�nia" ou simplesmente "Stop" em blocos de cimento ou na estrada anunciando os in�meros postos militares espalhados pela cidade.

E no oeste, norte e leste da capital, n�o h� cruzamento que n�o esteja cortado por um muro de sacos de areia ou cercas antitanque feitas de barras met�licas cruzadas.

Cada intrus�o de um ve�culo alerta soldados e volunt�rios que, com os dedos no gatilho, n�o relaxam at� ouvirem a senha que os faz baixar a guarda antes de permitir que o carro atravesse a barreira.

Drones e "sabotadores"

Fala-se menos obre "sabotadores" russos infiltrados, mas a ca�ada continua. Ap�s o ataque de um m�ssil russo contra um shopping center no noroeste da cidade, onde segundo Moscou estavam escondidas muni��es e artilharia, aumenta o medo de drones espi�es ou fotos em redes que denunciem posi��es ucranianas.

Uma espessa fuma�a preta sobe na dire��o de Irpin, cerca de dez quil�metros a noroeste, onde os canh�es trovejam. Essa cidade est� agora fora dos limites para os jornalistas.

Kiev, capital da Ucrânia
Barreiras ucranianas tentam conter ataques russos ao centro de Kiev (foto: Aris Messinis/AFP)
"Os soldados sabem o que t�m que fazer, conhecem o seu trabalho. H� uma raz�o para este toque de recolher", diz Olga Alievska, de 38 anos, que acredita que "os russos n�o querem e, sobretudo, n�o podem tomar Kiev".

"Seus bombardeios s�o mais direcionados a alvos militares no momento, a hora de bombardear civis ainda n�o chegou", analisa a executivo de marketing, que permaneceu na cidade.

Indiferente ao toque de recolher, uma mulher de sessenta anos passeia com seus c�es no gramado do Memorial �s v�timas da Grande Fome dos anos 1930.

As barricadas de sacos de areia voltaram para a emblem�tica pra�a Maidan e ruas vizinhas.

"Hoje estamos otimistas, mesmo que n�o tenhamos outra escolha", continua Maxim. "Estamos protegendo nosso pa�s de algu�m, Vladimir Putin, que s� quer destru�-lo."


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