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Estado de Minas BRUXELAS

Ucr�nia pede ajuda ilimitada � Otan para contra-atacar R�ssia


24/03/2022 22:40

O presidente Volodimir Zelensky pediu nesta quinta-feira (24) � Otan que "salve" a Ucr�nia com uma "ajuda militar sem restri��es" para permitir ao pa�s passar da resist�ncia ao ataque contra as tropas russas, que h� exatamente um m�s iniciaram a ofensiva.

Zelensky fez o pedido por mensagem de v�deo divulgada durante uma c�pula extraordin�ria da Otan em Bruxelas e interveio tamb�m nas reuni�es do G7 de pot�ncias econ�micas e da Uni�o Europeia (UE), que continuar� nesta sexta-feira.

Aos l�deres da Organiza��o do Tratado do Atl�ntico Norte (Otan), Zelensky denunciou o uso de bombas incendi�rias e os ataques indiscriminados contra zonas civis pelo ex�rcito russo.

A R�ssia "usa sem restri��es todo seu arsenal contra n�s" e, consequentemente, "para salvar seu povo e suas cidades, a Ucr�nia precisa de uma ajuda militar sem restri��es", completou.

Ao G7, Zelensky afirmou ver um risco "real" do presidente russo, Vladimir Putin, contrariado pelas dificuldades que suas tropas t�m encontrado no campo de batalha, autorizar o uso de armas qu�micas.

Os pa�ses da Otan, que se disseram igualmente "preocupados" pelo poss�vel uso deste tipo de arsenal, "concordaram em dar equipamentos para ajudar a Ucr�nia a se proteger contra amea�as qu�micas, biol�gicas, radiol�gicas e nucleares", informou o secret�rio-geral da alian�a, Jens Stoltenberg.

O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, declarou que a Otan est� "mais unida que nunca" e que "responder�" caso a R�ssia recorrer a armas qu�micas.

Em Nova York, a Assembleia Geral da ONU pediu pela segunda vez o "cessar imediato" das hostilidades russas na Ucr�nia e o fim dos ataques contra civis. A resolu��o, n�o vinculante, foi adotada por 140 votos a favor, 4 contra e 38 absten��es, evidenciando o isolamento diplom�tico de Moscou.

- "Grande erro" -

Zelensky quer que a Otan entregue � Ucr�nia avi�es de combate avan�ados, sistemas de defesa antim�sseis, tanques, ve�culos armados e m�sseis antinavios.

"Nestas tr�s c�pulas veremos quem � amigo, quem � parceiro e quem nos traiu por dinheiro", declarou o l�der ucraniano.

Os membros da Otan mant�m um envio constante de armas � Ucr�nia, mas principalmente de dispositivos defensivos.

Os Estados Unidos indicaram que os aliados poderiam fornecer m�sseis antinavios e anunciou que doar� US$ 1 bilh�o a mais em ajuda humanit�ria � Ucr�nia. Tamb�m propuseram acolher 100.000 refugiados ucranianos.

Na Ucr�nia, o Parlamento aprovou um projeto de lei que prev� 12 anos de pris�o para qualquer pessoa que "coopere" com a R�ssia, "o inimigo".

No campo de batalha, os movimentos militares importantes pareciam interrompidos, uma pausa atribu�da pelo Instituto americano para o Estudo da Guerra (ISW) � necessidade russa de refor�ar seus efetivos e reorganizar suas opera��es.

No leste, as for�as russas est�o presentes nas imedia��es da cidade de Kharkov, mas ainda n�o conseguiram cercar a cidade.

Os bombardeios contra essa localidade mataram nesta quinta-feira pelo menos seis civis e feriram mais de um d�zia, de acordo com as autoridades ucranianas.

Pelo menos quatro pessoas, incluindo duas crian�as, morreram em outros ataques no leste da Ucr�nia, indicou o governador de Lugansk, Serguii Gaidai, que acusou as for�as russas de usar bombas incendi�rias contra a popula��o de Rubizhne.

A Marinha ucraniana garantiu que destruiu um navio de transporte militar russo no mar de Azov, perto da cidade assediada de Mariupol.

A R�ssia "enfrenta uma maior resist�ncia do que se esperava", disse Stoltenberg, para quem Putin cometeu um "grande erro" ao ordenar a invas�o.

Desde o in�cio da invas�o, mais de 10 milh�es de ucranianos -cerca de um quarto da popula��o do pa�s- precisou abandonar seus lares. Entre os deslocados h� 4,3 milh�es de crian�as, segundo a Unicef.

"� uma triste realidade que corre o risco de ter consequ�ncias duradouras para as pr�ximas gera��es", declarou a diretora-geral da Unicef, Catherine Russell.

Dos 10 milh�es de deslocados, 3,7 milh�es fugiram para o exterior, de acordo com dados da ONU.

- "Una nova fase de terror" em Mariupol -

De acordo com Zelensky, h� cerca de 100.000 pessoas presas em Mariupol sem comida, �gua ou eletricidade, submetidas a bombardeios russos.

O ministro ucraniano de Rela��es Exteriores, Dmytro Kuleba, tuitou que Moscou iniciou "uma nova fase de terror contra Mariupol", deportando � for�a cerca de 6.000 residentes.

O l�der da Rep�blica Russa da Chech�nia, Ramzan Kadyrov, garantiu no Telegram que seus militares assumiram a prefeitura da cidade, embora depois corrigiu a informa��o, afirmando tratar-se de uma sede administrativa de um distrito oriental.

Em Zhytomyr, uma cidade a oeste de Kiev, um bombardeio russo atingiu uma escola.

"� dif�cil, � muito dif�cil", disse Vasiliy Kravushuk, funcion�rio de uma organiza��o de turismo cujo filho de 6 anos deveria come�ar a estudar na institui��o no pr�ximo ano.

"Todos os dias, 20 ou 30 vezes vamos ao por�o [para nos abrigar]. � muito dif�cil porque minha esposa est� gr�vida, tenho um filho pequeno", explicou Kravshuk, com l�grimas nos olhos.

A Ag�ncia Internacional de Energia At�mica (AIEA) tamb�m alertou nesta quinta-feira que, segundo as autoridades ucranianas, houve atentados na cidade onde moram os funcion�rios respons�veis pela manuten��o da usina de Chernobyl.

- Contra o ouro russo -

Estados Unidos e Reino Unido anunciaram mais san��es contra deputados, magnatas e entidades russas.

A Bolsa de Moscou reabriu parcialmente, pela primeira vez desde o in�cio da invas�o. Os membros do G7, depois da reuni�o desta quinta-feira, se disseram prontos para adotar "san��es adicionais" contra a R�ssia.

O G7 e a UE concordaram em bloquear as transa��es que envolvam as reservas de ouro do Banco Central da R�ssia, para impedir que Moscou se esquive das san��es ocidentais, indicou a Casa Branca.

Na R�ssia, os cidad�os j� come�am a notar a escassez de alguns bens e o repentino desaparecimento de marcas ocidentais.

Mas s�o os civis ucranianos que sofrem o maior impacto da guerra.

"Ser� preciso mais ajuda maci�a para a Ucr�nia nas pr�ximas semanas", alertou Michael Ryan, diretor de emerg�ncias da Organiza��o Mundial da Sa�de (OMS).

"Nunca havia visto necessidades t�o complexas e repentinas em uma crise, que se desenvolveu muito rapidamente", completou.

As consequ�ncias podem ser ainda mais graves diante do perigo de uma escassez global de trigo, do qual a R�ssia e a Ucr�nia s�o os principais exportadores.

"A escassez de alimentos vai se materializar", disse Biden em Bruxelas, garantindo que tanto os Estados Unidos quanto o Canad�, tamb�m importantes produtores de cereais, aumentar�o suas exporta��es.

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