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Estado de Minas VALETTA

Papa Francisco condena em Malta a invas�o russa e planeja ir � Ucr�nia


02/04/2022 13:23

O papa Francisco condenou neste s�bado (2) em Malta a invas�o russa da Ucr�nia, onde planeja ir por convite do presidente ucraniano Volodymyr Zelensky, e pediu respostas "compartilhadas" � "emerg�ncia migrat�ria" agravada pela guerra.

Em um discurso no pal�cio presidencial de Valeta, no in�cio de uma visita de dois dias � ilha do Mediterr�neo, o sumo pont�fice lamentou o "vento glacial da guerra" procedente do leste da Europa.

"Algum poderoso, tristemente preso �s pretens�es anacr�nicas de interesses nacionalistas, provoca e fomenta conflitos", disse o l�der da Igreja Cat�lica, em uma alus�o inequ�voca ao presidente russo Vladimir Putin, embora sem citar qualquer nome.

Francisco denunciou ainda as "sedu��es da autocracia e os novos imperialismos", que provocam o risco de "Guerra Fria ampliada, o que pode sufocar a vida de povos e gera��es inteiras".

Questionado pela imprensa sobre uma poss�vel viagem � Ucr�nia, o santo padre respondeu: "Sim, est� na mesa".

O pont�fice argentino, de 85 anos, foi convidado por Zelensky para desempenhar o papel de mediador nas negocia��es entre Ucr�nia e R�ssia e visitar seu pa�s invadido pelas tropas russas desde o final de fevereiro.

Ele tamb�m foi convidado pelo prefeito de Kiev, Vitali Klitschko, a "mostrar sua compaix�o" pelo povo ucraniano.

Ao falar sobre o conflito na Ucr�nia, que provocou a fuga de 4,1 milh�es de habitantes do pa�s, o papa solicitou "respostas amplas e compartilhadas".

"N�o podem deixar que apenas alguns pa�ses suportem todo o problema, enquanto outros permanecem indiferentes", declarou ao lado do presidente de Malta, George Vella, e do corpo diplom�tico.

Al�m da refer�ncia � Ucr�nia, esta foi uma cr�tica � pol�tica migrat�ria de Malta, acusada com frequ�ncia de fechar os portos �s ONGs que socorrem migrantes que tentam chegar ao continente europeu em uma perigosa viagem pelo Mediterr�neo.

- Corrup��o -

Na parte tarde, o papa foi de barco para Gozo (norte), uma das tr�s ilhas habitadas de Malta, onde presidir� uma ora��o no santu�rio nacional de Ta'Pinu diante de mais de 2.000 pessoas.

Antes de sua partida, canh�es foram disparados da fortaleza e os sinos das igrejas tocaram na capital.

Ele � o terceiro papa a viajar ao pa�s, depois de Bento XVI em 2010 e Jo�o Paulo II em 1990 e 2001.

A hist�ria do pa�s est� impregnada de catolicismo desde a �poca de S�o Paulo, que se acredita que sofreu um acidente natal em Malta a caminho de Roma.

Quase 85% dos 516.000 habitantes de Malta se declaram cat�licos e esta religi�o � parte da Constitui��o. Malta � o �nico pa�s da Uni�o Europeia (UE) que pro�be totalmente o aborto.

No discurso, o pont�fice op�s as virtudes de "honestidade, justi�a, senso de dever e transpar�ncia" � "desigualdade e corrup��o" que afetam a reputa��o de Malta.

De fato, Malta garante parte de sua prosperidade econ�mica nos setores de jogos de azar online, empresas offshore e os famosos "passaportes dourados", que oferecem resid�ncia ou nacionalidade a investidores ricos cujas fortunas, �s vezes, t�m origem duvidosa.

O assassinato da jornalista Daphne Caruana Galizia em 2017, que provocou grande como��o no pa�s e no mundo, provocou novas acusa��es ao pa�s.

- Visita a centro migrat�rio -

Francisco, que sofre dores no quadril e no joelho, teve que utilizar pela primeira vez uma plataforma de eleva��o para embarcar em seu avi�o de Roma.

O pont�fice presidir� uma missa no domingo em Floriana, perto da capital Valeta, ap�s uma visita � Gruta de S�o Paulo, onde se acredita que o ap�stolo buscou ref�gio.

Tamb�m no domingo visitar� migrantes radicados no laborat�rio de paz de Hal Far, centro migrat�rio fundado por um frade franciscano em 1971 em homenagem a Jo�o XXIII.

O centro abriga atualmente 55 jovens migrantes da �frica e se prepara para receber refugiados da Ucr�nia.

ONGs de resgate que patrulham o Mediterr�neo acusam Malta de ignorar os pedidos de ajuda de migrantes em suas �guas e que se recusa a receb�-los.

Tamb�m apontam que o pa�s alerta as autoridades l�bias para intercept�-los e lev�-los para campos de deten��o superlotados, onde s�o expostos a tortura e abusos.

As autoridades de Malta alegam que o pa�s recebe um n�mero desproporcional de migrantes que chegam � Europa devido ao seu pequeno tamanho.


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