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Estado de Minas ZAPORIZHZHYA

Ucr�nia recupera regi�o de Kiev, devastada pela guerra com a R�ssia


02/04/2022 17:12

A Ucr�nia anunciou neste s�bado (2) que recuperou o controle de toda a regi�o de Kiev ap�s quase um m�s de ocupa��o russa, que deixou uma cena apocal�ptica e imagens macabras como a de 20 cad�veres espalhados em uma rua de Bucha, a noroeste da capital.

As for�as russas, tal como haviam anunciado h� alguns dias, reduziram sua presen�a nas regi�es de Kiev e Chernihiv (norte), ap�s fracassarem em sua tentativa de rodear a capital.

Agora, as for�as russas parecem concentrar seus esfor�os no leste e no sul, cinco semanas ap�s o in�cio da invas�o ordenada pelo presidente russo, Vladimir Putin, em 24 de fevereiro.

Em Mariupol (sul), a Cruz Vermelha continua seus esfor�os para organizar a evacua��o de dezenas de milhares de pessoas presas naquela cidade portu�ria no Mar de Azov, sem comida, �gua e eletricidade.

- "Liberta��o" de uma terra arrasada -

As cidades de "Irpin, Bucha, Gostomel e toda a regi�o de Kiev foram libertadas do invasor", anunciou o vice-ministro da Defesa ucraniano, Ganna Maliar.

O conselheiro presidencial ucraniano, Mikhailo Podoliak, disse pouco antes que Moscou mudou "de t�tica" e agora pretende "manter o controle de vastos territ�rios ocupados" no leste e no sul e "ganhar uma base poderosa l�".

A retirada russa do norte permitiu verificar a devasta��o deixada pela guerra.

Em Bucha, os corpos de pelo menos 20 pessoas em trajes civis foram espalhados em uma �nica rua da cidade, disseram rep�rteres da AFP.

Um dos cad�veres estava com as m�os amarradas atr�s das costas. Os corpos estavam espalhados por v�rias centenas de metros. Segundo o prefeito de Bucha, Anatoly Fedoruk, "todas essas pessoas foram mortas com um tiro na nuca".

Os combates e bombardeios deixaram uma cena apocal�ptica, com enormes buracos em pr�dios residenciais e carros destru�dos.

Fedoruk afirmou � AFP por telefone que "280 pessoas tiveram que ser enterradas em valas comuns", pois era imposs�vel faz�-lo em cemit�rios, dentro do alcance do bombardeio russo.

- Den�ncia do papa -

O Tribunal Penal Internacional (TPI) j� abriu uma investiga��o para poss�veis crimes de guerra na Ucr�nia.

Em entrevista publicada por um jornal su��o, a ex-procuradora internacional Carla Del Ponte pediu ao TPI que emita um mandado de pris�o contra Putin, chamando-o de "criminoso de guerra".

Segundo a ONU, mais de 4 milh�es de refugiados fugiram da Ucr�nia desde a invas�o e, no total, h� mais de 10 milh�es de pessoas deslocadas.

Diante de uma "emerg�ncia migrat�ria" agravada, o papa Francisco pediu respostas "compartilhadas" e apontou "algum poderoso" preso em "seus interesses nacionais" como respons�vel pela guerra, no que foi interpretado como uma alus�o para Putin.

O pont�fice argentino revelou que pensa em viajar para a Ucr�nia e denunciou "as sedu��es da autocracia" e "os novos imperialismos", que carregam o risco de uma "guerra fria prolongada que pode sufocar a vida de povos e gera��es inteiras".

O Comit� Internacional da Cruz Vermelha (CICV) informou que enviou uma equipe a Mariupol para evacuar civis, ap�s uma tentativa fracassada na sexta-feira porque "as condi��es tornaram imposs�vel prosseguir" com a opera��o.

Mariupol sofreu semanas de intensos bombardeios russos, com pelo menos 5.000 moradores mortos, segundo autoridades locais, e 160.000 pessoas presas na cidade em ru�nas.

Dezenas de �nibus com moradores que conseguiram deixar a cidade chegaram a Zaporizhzhia na sexta-feira, cerca de 200 km a noroeste.

"Choramos quando chegamos. Choramos quando vimos os soldados no posto de controle com emblemas ucranianos nos bra�os", disse Olena, que carregava sua filha nos bra�os.

"Minha casa foi destru�da, eu vi em fotos. Nossa cidade n�o existe mais", acrescentou.

Em Energodar, cidade do sul ocupada por for�as russas, uma manifesta��o de moradores que cantaram o hino ucraniano foi violentamente reprimida, deixando quatro feridos, informou um legislador em Kiev.

- Nova ajuda americana -

As negocia��es de paz entre as autoridades ucranianas e russas continuaram na sexta-feira por videoconfer�ncia, mas o Kremlin advertiu que um ataque ucraniano com helic�ptero contra um dep�sito de combust�vel na cidade russa de Belgorod afetaria as conversa��es.

Kiev se negou a assumir a autoria do ataque. Entrevistado pelo canal americano Fox News sobre a acusa��o russa, Zelensky disse: "Desculpe, n�o discuto nenhuma de minhas ordens como comandante em chefe".

De acordo com o Minist�rio da Defesa brit�nico, o ataque em Belgorod e os relatos de explos�es em dep�sitos de muni��o perto daquela cidade agravariam os problemas de abastecimento da R�ssia.

O presidente ucraniano voltou a insistir no apelo para que o Ocidente forne�a mais apoio militar ao pa�s.

"Deem-nos m�sseis, avi�es", implorou Zelensky na Fox. "Voc�s n�o podem nos dar ca�as F-18 ou F-19 ou o que voc�s t�m? Deem-nos avi�es sovi�ticos velhos. Isso � tudo. Deem-me algo para defender meu pa�s."

O Pent�gono anunciou que destinar� 300 milh�es de d�lares em "ajuda de seguran�a" para fortalecer a defesa da Ucr�nia, al�m dos US$ 1,6 bilh�o que Washington j� ofereceu desde o in�cio da invas�o russa.

O pacote inclui sistemas de foguetes guiados a laser, drones, muni��es, aparelhos de vis�o noturna, sistemas de comunica��o t�tica, equipamentos m�dicos e pe�as de reposi��o.

- Economia -

A R�ssia enfrenta san��es ocidentais sem precedentes que levaram empresas multinacionais a abandonar o pa�s. As autoridades americanas afirmaram que a economia russa deve enfrentar uma contra��o de 10%.

A China, grande aliada comercial da R�ssia, negou que evite "deliberadamente" as san��es ocidentais contra Moscou, um dia depois de receber uma advert�ncia da UE de que qualquer apoio de Pequim ao Kremlin prejudicaria as rela��es econ�micas com a Europa.

A economia ucraniana tamb�m sofre os efeitos devastadores da guerra: o PIB desabou 16% no primeiro trimestre na compara��o com o quarto trimestre de 2021, segundo estimativas do minist�rio da Economia.

Tanto R�ssia como Ucr�nia s�o grandes produtores agr�colas e de mat�rias-primas, e seu colapso provoca um forte aumento na infla��o no mundo todo.

ROSNEFT


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