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Estado de Minas DURBAN

Cidade sul-africana de Durban tenta voltar � normalidade ap�s inunda��es hist�ricas


13/04/2022 10:11

Os habitantes da cidade sul-africana de Durban come�aram a procurar seus pertences nas casas destru�das e limpar as ruas cheias de escombros, ap�s inunda��es hist�ricas.

O balan�o subiu para 253 mortos, anunciaram as autoridades locais nesta quarta-feira.

"Nossos necrot�rios est�o sob press�o, mas estamos lidando com isso. Ontem � noite, recebemos 253 corpos em dois necrot�rios separados" em Durban, a maior cidade de Kwazulu-Natal, disse em entrevista � televis�o Nomagugu Simelane-Zulu, representante do departamento de sa�de da prov�ncia.

As chuvas mais intensas em mais de 60 anos obrigaram o maior porto da �frica subsaariana a interromper suas opera��es, j� que a principal estrada de acesso sofreu grandes danos.

Os cont�ineres foram transformados em montanhas de metal.

A Igreja Metodista Unida no munic�pio de Clermont foi reduzida a escombros. Quatro crian�as de uma fam�lia do bairro morreram quando um muro desabou sobre elas.

Outras casas pendiam precariamente da encosta, milagrosamente intactas depois que grande parte do solo foi arrastada por deslizamentos de terra.

"Vemos como essas trag�dias atingem outros pa�ses, como Mo�ambique ou Zimb�bue, mas agora somos n�s os afetados", disse o presidente Cyril Ramaphosa, que se encontrou com fam�lias perto das ru�nas da igreja.

Os pa�ses vizinhos da �frica do Sul sofrem desastres naturais de tempestades tropicais quase todos os anos, mas este pa�s est� protegido das tempestades no oceano �ndico.

Essas chuvas n�o eram tropicais, foram causadas por um fen�meno meteorol�gico que trouxe chuva e frio para grande parte do pa�s. Quando as tempestades atingiram o clima mais quente e �mido da prov�ncia de KwaZulu-Natal (KZN), onde fica Durban, choveu ainda mais.

"Algumas partes do KZN receberam mais de 450 mm [de chuva] nas �ltimas 48 horas", disse Tawana Dipuo, do servi�o meteorol�gico nacional, quase metade dos 1.009 mm de chuva anual de Durban.

"Hoje ainda est� chovendo em algumas partes da prov�ncia, mas � tarde vai clarear", disse Dipuo.

Durban mal come�ou a se recuperar dos dist�rbios mortais de julho de 2021, que deixaram mais de 350 mortos.

As escolas que n�o foram afetadas pelas inunda��es voltaram a abrir suas portas nesta quarta-feira, mas havia menos alunos. Um professor de uma escola de ensino fundamental no sub�rbio de Inanda, em Durban, disse que apenas dois dos 48 alunos foram � aula.

O governo provincial afirmou que a cat�strofe "causou um caos incalcul�vel e provocou grandes danos em vidas e infraestruturas".

A pol�cia nacional mobilizou 300 agentes adicionais na regi�o, enquanto a for�a a�rea enviava avi�es para ajudar nas opera��es de resgate.

As chuvas torrenciais inundaram v�rias �reas, destruindo casas e destruindo infraestrutura em toda a cidade, enquanto deslizamentos de terra for�aram a suspens�o dos servi�os ferrovi�rios.

As chuvas alagaram as ruas, onde apenas o topo dos sem�foros era vis�vel. As torrentes tamb�m destru�ram v�rias pontes, levaram carros e derrubaram casas. Al�m disso, um caminh�o-tanque de combust�vel flutuava no mar ap�s ser arrastado para fora da estrada.

Mais de 2.000 casas e 4.000 moradias "informais", ou barracos, foram danificadas.

As regi�es do sul da �frica do Sul, o pa�s mais industrializado do continente, sofrem as consequ�ncias da mudan�a clim�tica, com chuvas torrenciais e inunda��es recorrentes e cada vez mais intensas. Em abril de 2019, as enchentes deixaram cerca de 70 mortos.

"Sabemos que a mudan�a clim�tica est� piorando, passamos de tempestades extremas em 2017 para o que supostamente foram inunda��es recordes em 2019, mas 2022 claramente o superou", disse a professora de estudos de desenvolvimento da Universidade de Joanesburgo, Mary Galvin.

O Servi�o Meteorol�gico da �frica do Sul admitiu por sua vez que "as chuvas excepcionalmente intensas (...) superaram as expectativas".


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