Infla��o dispara na Argentina em meio a mal-estar social

A Argentina registrou uma infla��o de 6,7% em mar�o e os pre�os ao consumidor acumularam uma alta de 16,1% no primeiro trimestre de 2022, em meio ao mal-estar social crescente, com manifesta��es que exigem mais ajuda do governo.

A infla��o anual chegou em mar�o a 55,1%, uma das mais altas do mundo, informou hoje o Instituto de Estat�sticas estatal. O item alimenta��o teve alta de 7,2% em mar�o. Tamb�m houve fortes aumentos em educa��o (23,6%), vestu�rio e cal�ados (10,9%), e habita��o, �gua, luz e g�s (7,7%).

Milhares de manifestantes sa�ram em passeata hoje at� a sede do governo para pedir ao presidente Alberto Fern�ndez empregos e maior assist�ncia do Estado.

O economista V�ctor Beker, diretor do Centro de Estudos da Nova Economia da Universidade de Belgrano, atribuiu o aumento da infla��o ao impacto dos aumentos previstos em energia e educa��o, mas tamb�m ao efeito do "aumento dos pre�os das commodities devido � guerra na Ucr�nia".

"Como se isso n�o bastasse, acrescentou-se o an�ncio feito pelo presidente Alberto Fern�ndez de uma 'guerra contra a infla��o', que gerou remarca��es preventivas de pre�os por medo de congelamento", acrescentou o economista.

A Argentina experimenta uma reativa��o econ�mica, com 10,3% de crescimento em 2021, depois de mais de dois anos de recess�o, mas essa cifra � ofuscada pela infla��o, que reduz o poder de compra, e pela pobreza, que atinge 37% da popula��o.