"87% dos empr�stimos por covid-19 do Fundo Monet�rio Internacional exigem que os pa�ses em desenvolvimento - que n�o tiveram acesso igualit�rio a vacinas e enfrentam algumas das piores crises humanit�rias do mundo - adotem novas medidas de austeridade severas que s� agravar�o a pobreza e desigualdade", criticou a Oxfam.
Uma nova an�lise da ONG revela que "13 dos 15 programas de empr�stimos do FMI negociados durante o segundo ano da pandemia imp�em novas medidas de austeridade, como impostos sobre alimentos e combust�veis e cortes de gastos que podem colocar em risco servi�os p�blicos essenciais", de acordo com a organiza��o.
Em 2020, "o FMI forneceu milhares de empr�stimos de emerg�ncia para ajudar os pa�ses em desenvolvimento a lidar com a covid-19, muitas vezes com poucas ou nenhumas restri��es", lembrou a Oxfam, uma ONG que luta contra a pobreza e a desigualdade.
"Recentemente, a chefe do FMI, Kristalina Georgieva, exortou a Europa a n�o comprometer sua recupera��o econ�mica com 'a for�a sufocante da austeridade'. No entanto, no �ltimo ano, o FMI voltou a impor medidas de austeridade aos pa�ses de baixa renda", completou.
Para Nabil Abdo, principal assessor pol�tico da Oxfam Internacional, citado no comunicado, "isso ilustra perfeitamente a pol�tica do FMI de dois pesos, duas medidas: adverte os pa�ses ricos contra a austeridade enquanto obriga os pa�ses mais pobres" a serem austeros.
Ap�s lembrar que os pa�ses pobres s�o os mais afetados pelo aumento no custo dos combust�veis e dos alimentos, Abdo considerou que tais pa�ses "precisam de ajuda para melhorar o acesso aos servi�os b�sicos e � prote��o social, condi��es duras que atingem as pessoas".
"O FMI deve suspender as condi��es de austeridade nos empr�stimos existentes e aumentar o acesso ao financiamento de emerg�ncia. Deve motivar os pa�ses a aumentar os impostos sobre os mais ricos e sobre as empresas para reabastecer os cofres vazios e reduzir as crescentes desigualdades", acrescentou Abdo.
PARIS