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Estado de Minas MALA TOKMACHKA

Tanya e Anastasia, sobreviventes dos ataques na frente sul da Ucr�nia


20/04/2022 08:40

Tanya Los lavava os pratos tranquilamente no domingo (20), com sua filha Anastasia ao lado, quando um foguete russo maior do que elas caiu na cozinha.

Ambas sa�ram ilesas, "um milagre", segundo a m�e, em meio � intensifica��o dos combates na frente sul da Ucr�nia. A cidade de Mala Tokmachka, onde ocorreu o incidente, ilustra a escalada dos bombardeios.

H� v�rias semanas, chovem foguetes sobre esta cidade a 70 km de Zaporizhzhia, a maior da regi�o: uma de suas escolas foi destru�da, assim como o pr�dio de alojamento dos professores ficam alojados, e um buraco aparece na fachada do centro cultural.

Entre outros edif�cios destru�dos, v�rias casas foram atingidas no domingo por ataques a�reos russos, de acordo com Iuri, um morador que se integrou ao grupo local de defesa do territ�rio.

- Bombardeios sem parar -

"Sem a geladeira, minha filha teria morrido", conta Tanya, de 59 anos, uma mulher pequena e humilde de ombros curvados.

Segundo ela, Anastasia, de 24, ficou muito abalada e n�o quis falar com a equipe da AFP. Incrustados no fundo da cozinha, os restos do foguete explicam seu medo.

"Foi um milagre", desabafou Tanya.

Pelo n�mero de s�rie inscrito nos destro�os, a AFP conseguiu, ap�s recorrer aos arquivos online do Estabelecimento Noruegu�s de Pesquisa de Defesa, relacionar o dispositivo ao BM-27 Uragan, um modelo de lan�a-foguetes da era sovi�tica.

O foguete que atingiu a casa da fam�lia Los teria dispersado suas submuni��es em voo antes de cair sobre a pequena casa de tijolos.

"Agora, toda vez que ouvimos barulho de bombardeio, corremos para o por�o", disse a m�e.

"O problema � que h� dois dias que n�o para, dia e noite", completou.

Durante a uma hora e meia que a AFP esteve em Mala Tokmatchka, o som de armas pesadas ressoou continuamente - �s vezes perto, �s vezes longe. O mesmo acontece em Orikhiv, cidade a cerca de 10 km dali.

"H� dois ou tr�s dias, os bombardeios se intensificaram", afirmou Dmytro Malyovanyk, subchefe de uma unidade local de bombeiros, cujos membros se mobilizaram na ter�a-feira (19) depois que um supermercado e um consult�rio m�dico foram atingidos por bombas russas.

"H� uma semana ainda pod�amos ouvir alguns ru�dos da guerra, mas vinham de longe", relatou Ira Pelechko, dono de uma loja de combust�veis que passa a maior parte do dia no escuro, devido aos cortes de energia.

Na noite de segunda-feira (18), o presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, anunciou o in�cio da ofensiva russa contra o leste do pa�s, mas esta parece ter come�ado um pouco antes, na frente sul, a algumas dezenas de quil�metros de Mala Tokmatchka e de Orikhiv.

Artur Kharlamov, que chegou a Orikhiv na ter�a-feira depois de fugir da cidade de Melitopol, no sul, controlada por Moscou, diz que viu soldados russos cavando trincheiras em tr�s pontos diferentes da estrada. Do lado ucraniano, tamb�m h� novas trincheiras.

Perdidos na zona cinzenta entre os dois lados, os Los est�o presos em Mala Tokmatchka, com seu povoado a cada dia um pouco mais destru�do e com cada vez menos habitantes. Duas vacas s�o sua �nica riqueza, diz Tanya. Uma delas est� prestes a dar � luz.


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