As conversas "est�o totalmente focadas" no aumento da migra��o de Cuba por terra e por mar, disse o porta-voz do Departamento de Estado, Ned Price.
De acordo com a Alf�ndega dos Estados Unidos, de outubro de 2021 a mar�o de 2022, mais de 78 mil cubanos entraram no pa�s pela fronteira com o M�xico.
Uma emigra��o massiva da ilha, que coincide com a sua pior crise econ�mica em quase tr�s d�cadas, sobretudo desde que a pandemia de covid-19 atingiu o setor do turismo.
"Discuss�es sobre uma migra��o segura, ordenada e legal continuam sendo de interesse primordial para os Estados Unidos", afirmou Price a rep�rteres.
"Nossa pol�tica mais ampla se baseia em apoiar o povo cubano, apoiar suas aspira��es democr�ticas. H� elementos migrat�rios nisso, h� um elemento de reunifica��o familiar nisso, mas essas conversas s�o conversas sobre migra��o", insistiu.
O vice-chanceler cubano, Carlos Fern�ndez de Coss�o, viajou a Washington para se reunir com autoridades americanas, incluindo Emily Mendrala, encarregada de Cuba e migra��o no Departamento de Estado.
Reuni�es como essa eram realizadas regularmente at� serem suspensas em 2018 pelo ex-presidente republicano Donald Trump, que defendia uma linha dura em compara��o � normaliza��o diplom�tica empreendida por seu antecessor democrata Barack Obama.
O objetivo da retomada, indicou na quarta-feira o secret�rio de Seguran�a Interna, Alejandro Mayorkas, � evitar que os migrantes "se joguem no mar, porque s�o viagens muito perigosas".
Desde que a Nicar�gua eliminou o visto para os cubanos em 22 de novembro, milhares deles t�m viajado por diferentes rotas para esse pa�s aliado de Havana para tentar chegar � fronteira dos EUA, onde podem se beneficiar da Lei de Ajuste Cubano, de 1964, que concede a cidad�os da ilha resid�ncia em um ano.
Havana acusou Washington de pressionar os governos latino-americanos a exigir um visto de tr�nsito para os cubanos que fazem escala em seus aeroportos e de n�o cumprir o acordo migrat�rio para conceder 20 mil vistos anuais aos cubanos.
Nos �ltimos anos, os cubanos que queriam emigrar para se beneficiar de um programa de reunifica��o familiar foram obrigados a viajar para um terceiro pa�s, como Col�mbia e Guiana, para solicitar o visto, devido ao fechamento do consulado americano.
O consulado fechou h� quatro anos por causa de supostos ataques a sua equipe diplom�tica, uma den�ncia que Havana nega categoricamente.
Em mar�o, por�m, a embaixada dos Estados Unidos em Havana anunciou que come�aria a emitir vistos para cubanos de forma limitada, gradual e em data ainda a ser especificada, mas por enquanto isso n�o se concretizou.
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WASHINGTON
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