Fujimori foi extraditado do Chile para o Peru em 2007 por crimes contra a humanidade e corrup��o. Mas atualmente n�o pode ser processado pelas "esteriliza��es for�adas" cometidas durante seu governo (1990-2000) porque a causa n�o foi inclu�da no pedido original de extradi��o.
Por isso, em resolu��o emitida em 13 de abril, mas divulgada nesta quinta-feira, o juiz Littman Ram�rez ordenou "solicitar �s autoridades judiciais do Governo do Chile que amplie a extradi��o ativa do cidad�o peruano Alberto Fujimori" como "principal respons�vel" por les�es graves e mortes decorrentes da "realiza��o em massa da contracep��o cir�rgica".
O processo pelas esteriliza��es for�adas tem 1.317 demandantes, come�ou em 2002 e foi arquivado e reaberto v�rias vezes.
O ex-governante � acusado de ter realizado esse programa "sem levar em considera��o uma s�rie de fatores como [...] infra-estrutura adequada, pessoal m�dico especializado [...], o que resultou em ferimentos graves produzidos em grande n�mero de mulheres", de acordo com a resolu��o de Littman, titular do Juizado Penal Supraprovincial Liquidante Transit�rio.
Em dezembro, outro juiz, Rafael Mart�nez, concordou em julgar Fujimori pelas esteriliza��es for�adas, mas indicou que primeiro era necess�rio que o Juizado Liquidante solicitasse ao Chile a extens�o da extradi��o.
Fujimori, de 83 anos, cumpre pena de 25 anos no Peru por dois massacres perpetrados por um esquadr�o da morte formado por militares e por atos de corrup��o durante seu mandato.
Os ex-ministros Eduardo Yong, Marino Costa e Alejandro Aguinaga, al�m de outro ex-funcion�rio, tamb�m ser�o julgados neste caso.
Estima-se que cerca de 270.000 peruanas pobres, muitas ind�genas que n�o falavam espanhol, foram submetidas a cirurgias de laqueadura das trompas como parte de um programa governamental de Fujimori que buscava reduzir a taxa de natalidade para impulsionar o desenvolvimento econ�mico. Segundo dados oficiais, 18 mulheres morreram nessas opera��es.
LIMA