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Estado de Minas NOVA YORK

Quais as consequ�ncias de retirar o Twitter da bolsa de valores?


25/04/2022 21:28

O Twitter poderia eventualmente sair da bolsa de valores ap�s ser comprado pelo magnata Elon Musk. Essa opera��o costuma ser feita por empresas debilitadas e pode proteger o Twitter, mas sem garantia de sucesso.

- Uma t�tica frequente -

Uma empresa costuma ocupar as manchetes dos jornais quando entra na bolsa para levantar fundos ou para permitir que seus fundadores, principais investidores e funcion�rios vendam suas a��es.

Mas tamb�m acontecem regularmente as sa�das de algumas empresas do mercado acion�rio para permitir sua recupera��o, antes que, eventualmente, elas possam voltar.

Em 2013, Michael Dell retirou a empresa que leva seu nome da bolsa, em pleno per�odo de desgosto pelos PCs, estimando que, com isso, seria "mais flex�vel e empreendedora". Cinco anos depois, a Dell voltou a Wall Street, j� recuperada.

Por outro lado, uma hist�ria n�o t�o bem-sucedida ocorreu com o investidor Warren Buffet, que, em 2013, se associou � sociedade brasileira 3G Capital para retirar o ketchup Heinz da bolsa, que depois foi fundido com a Kraft. As a��es da empresa perderam 40% de seu valor em compara��o com seu in�cio em 2015.

Sociedades de capital e investimento compram regularmente empresas cotadas na bolsa esperando obter dinheiro por meio de medidas dr�sticas como demiss�es ou uma fus�o com outra sociedade de seu portf�lio.

No caso do Twitter, contudo, as inten��es de Musk n�o s�o claras. O homem mais rico do mundo mencionou diversas vezes o desejo de defender a liberdade de express�o, por exemplo, modificando algumas funcionalidades na rede social, mas n�o apresentou at� agora nenhuma estrat�gica econ�mica.

- Menos press�o? -

Ao sair da bolsa, uma empresa j� n�o se v� submetida �s m�ltiplas press�es de acionistas e do grande p�blico, que costumam "impor muitas restri��es � dire��o e lhe impedem de alocar seu capital de maneira eficaz", comenta William Lee, economista-chefe do instituto Milken.

Contudo, ap�s retirar uma empresa da bolsa, os novos propriet�rios "s�o geralmente muito mais conscientes" e "muito mais exigentes" no que diz respeito ao rendimento de seus investimentos.

A diferen�a, segundo ele, � que uma empresa cotada na bolsa deve lidar com acionistas sens�veis tanto � diversidade como ao meio ambiente ou � escala salarial. Uma sociedade de investimentos, no entanto, se ocupa principalmente do aspecto operacional e financeiro.

O Twitter dever� - entre outras coisas - reembolsar os empr�stimos concedidos a Musk para financiar a opera��o, lembra Gregori Volokhine, gerente de portf�lio da empresa Meeschaert Financial Services. O grupo n�o poder�, ao menos no curto prazo, permitir-se abandonar a publicidade, como Musk havia sugerido, detalha.

- Mais tempo e liberdade -

Sob a press�o de Wall Street, que costuma exigir resultados imediatos, as empresas "costumam ter mais dificuldades para avan�ar" porque n�o t�m, for�adamente, a liberdade de testar novos produtos, assinala Volokhine.

Em contrapartida, uma empresa que n�o est� cotada na bolsa n�o tem motivos para tornar p�blicos os seus resultados trimestrais nem responder �s exig�ncias das autoridades reguladoras.

Como ficou demonstrado com Tesla, SpaceX e outras iniciativas suas, Musk n�o busca a rentabilidade a curto prazo.

Tampouco se ajusta �s regras habituais, ressalta William Lee. Diante da press�o de ser politicamente correto, respeitoso com o meio ambiente e com a sensibilidade de cada um, inclusive no Twitter, Musk "diz provavelmente a si mesmo: 'Que se dane tudo isso, vou retirar a empresa da bolsa e geri-la como acredito que possa ser melhor'".

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