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Estado de Minas MADRI

Espanha: celulares do primeiro-ministro e da ministra da Defesa foram alvos de escutas ilegais


02/05/2022 06:45

Os telefones celulares do primeiro-ministro da Espanha, Pedro S�nchez, e de sua ministra da Defesa, Margarita Robles, foram alvos de escutas telef�nicas "ilegais" e "externas" por meio do software israelense Pegasus, anunciou o governo espanhol nesta segunda-feira.

"N�o s�o suposi��es", declarou, durante uma entrevista coletiva convocada com car�ter de urg�ncia, o ministro da presid�ncia, F�lix Bola�os, que mencionou "fatos de enorme gravidade" ocorridos em 2021.

"Temos a absoluta certeza de um ataque externo (...) porque na Espanha, em uma democracia como a nossa, todas as interven��es acontecem por meio de organismos oficiais e com autoriza��o judicial", disse Bola�os.

"Neste caso, nenhuma das duas circunst�ncias ocorreu", acrescentou. "Por isso temos a certeza, n�o temos nenhuma d�vida de que � uma infec��o, � uma interven��o que � externa", destacou o ministro.

Bola�os n�o especificou, no entanto, se as autoridades espanholas t�m algum ind�cio sobre quem pode estar por tr�s da interven��o ou se pensam em algum pa�s estrangeiro.

"Quando falamos que � uma interfer�ncia externa, o que queremos dizer � que � alheia aos organismos estatais e que n�o tem autoriza��o judicial", explicou o ministro.

Bola�os indicou que foram detectadas "duas invas�es" no celular de S�nchez em maio de 2021 e uma no aparelho de Robles, em junho de 2021.

Nos dois casos, as interven��es permitiram retirar "determinado volume de dados dos dois telefones celulares", acrescentou, sem revelar a quantidade.

"N�o h� provas de que aconteceu uma invas�o posterior a estas datas", respondeu ao ser questionado sobre a dura��o dos ataques.

Criado pela empresa israelense NSO, o Pegasus permite acessar os servi�os de mensagens e os dados assim que � instalado em um celular, al�m de ativar o dispositivo de maneira remota para captar imagens ou som.

A NSO sempre afirmou que s� vende o software para Estados e que as opera��es devem receber a autoriza��o pr�via das autoridades de Israel.

A ONG Anistia Internacional afirma que o software pode ter sido utilizado para hackear at� 50.000 telefones celulares no mundo.

As revela��es acontecem em plena tempestade pol�tica na Espanha, onde o governo central do socialista S�nchez enfrenta um momento de tens�o com os independentistas da Catalunha, que acusam o Centro Nacional de Intelig�ncia (CNI) de espionagem.

O caso explodiu em 18 de abril, quando o Citizen Lab, um projeto de ciberseguran�a da Universidade de Toronto, divulgou um relat�rio que identificou mais de 60 pessoas do movimento independentista catal�o que supostamente tiveram os telefones celulares infectados, entre 2017 e 2020, com o software de espionagem israelense Pegasus.


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