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Estado de Minas HAVANA

Comunidade trans de Cuba busca sua pr�pria lei


06/05/2022 13:49

Kiriam, Mal� e Victoria, tr�s mulheres trans de diferentes gera��es, acreditam que o C�digo da Fam�lia, que Cuba submeter� a um referendo em breve, mitigar� a transfobia que sofrem h� d�cadas, mas advogam por uma lei de identidade de g�nero.

O C�digo da Fam�lia, que renovar� a lei em vigor h� 47 anos, pretende revolucionar o conceito de fam�lia ao legalizar o casamento entre pessoas do mesmo sexo, permitir a possibilidade de reconhecer v�rios pais e m�es al�m dos biol�gicos e a "gesta��o solid�ria".

"� um passo importante, porque neste c�digo falamos de casamento entre pessoas do mesmo sexo, uni�o est�vel", algo "muito revolucion�rio", disse � AFP Kiriam, uma atriz trans de 45 anos.

Mas Kiriam, que se prepara para filmar "Malec�n", do cineasta espanhol Carlos Arrazabal, deseja "uma lei integral da identidade de g�nero", que "penalize a homofobia" e garanta "o direito das pessoas trans a ter uma educa��o protegida, a ter empregos dignos".

Mal� (58) chegou a Havana h� oito meses, tentando apagar um passado de rejei��o familiar, maus-tratos, cerco policial e duas pris�es por "vestir-se de mulher", em 1980 e 2003.

"Que quem nasce (trans) seja aceito assim, n�o seja rejeitado", diz esperan�osa em sua "casinha", sem m�veis e com telhado de zinco. Vive do dinheiro que recebe em um clube da capital, onde imita a cantora espanhola Isabel Pantoja, sua �dola.

- "Lidar com a dor" -

"Deus quer que seja", como diz essa lei, pede Victoria (73), embora os cabelos grisalhos que esconde atr�s de uma peruca marrom a tornem cautelosa: "O papel diz uma coisa e as pessoas fazem outras".

Em uma Cuba ainda marcada pelo machismo e pela homofobia, cujo governo perseguiu e marginalizou homossexuais nas d�cadas de 1960 e 1970, Kiriam n�o esquece o ass�dio que sofreu por ser "uma garota diferente", nem como a obrigaram a entrar em uma cl�nica "para praticar esportes de combate" para "masculiniz�-la".

"Mas eu soube lidar com a dor e me fortalecer, acrescenta a atriz, que mostra os seios volumosos no Twitter, resultado de uma cirurgia "ilegal".

Ela comenta que "em algum momento" tamb�m pensou em fazer a cirurgia de redesigna��o sexual, que come�ou a ser praticada no pa�s em 1988, mas logo se arrependeu. Essas cirurgias foram interrompidas pela crise econ�mica.

H� mais de uma d�cada, o Centro Nacional de Educa��o Sexual (Cenesex) promove a luta pelos direitos das pessoas LGBTQI+, sob a dire��o da deputada Mariela Castro, filha do ex-presidente Ra�l Castro.

Iv�n Cala�a, vice-diretora do Cenesex, sustenta que "n�o necessariamente" deve-se esperar uma lei de identidade de g�nero porque aspectos como mudan�a de nome e sexo, estabelecidos em regulamentos j� aprovados em pa�ses como Argentina, Chile e M�xico, poderiam ser inclu�dos em outras leis sujeitas a revis�o.

De qualquer forma, alerta que "uma lei por si s� n�o ter� for�a suficiente para obrigar essa mudan�a" necess�ria, e insiste que para avan�ar nessa dire��o "uma das ferramentas mais poderosas � a educa��o integral da sexualidade" desde a inf�ncia.

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