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Estado de Minas PARIS

Atentados de 2015 em Paris mudaram a vida de cantor da Eagles of Death Metal


17/05/2022 18:41

Para Jesse Hughes, vocalista do grupo americano Eagles of Death Metal, o massacre na casa de shows Bataclan em 13 de novembro de 2015 mudou sua vida "para sempre", relatou nesta ter�a-feira (17) ao tribunal de primeira inst�ncia de Paris.

Naquela noite, Hughes se apresentava com sua banda no palco da casa de shows parisiense. "No meio do show", ouviu disparos, lembrou diante do tribunal, vestindo roupas pretas e gravata vermelha.

O sangrento atentado jihadista deixou 90 mortos e centenas de feridos. Outras 40 pessoas morreram na mesma noite em outros ataques executados na capital francesa.

Sobreviventes e parentes das v�timas foram nesta ter�a ouvir o cantor californiano e o ex-guitarrista do grupo, Ed�n Galindo, ambos parte civil no julgamento dos atentados.

O julgamento dos atentados de 2015 come�ou em setembro. As audi�ncias das partes civis v�o continuar at� a sexta-feira e o veredicto est� previsto para 29 de junho.

"Conhe�o o som das armas", explicou Hughes, de 49 anos. "Sabia o que ia acontecer, sentia que a morte se aproximava", disse.

Em seguida, o cantor lembrou os momentos de p�nico, a vontade de fugir o quanto antes com sua companheira e Ed�n Galindo.

"Um anjo chamado Arthur nos enfiou em um t�xi e nos levou para uma delegacia", lembra.

Ali, os dois m�sicos viram dezenas de feridos cobertos de sangue. Tamb�m souberam que um dos seus, Nick Alexander, um brit�nico que cuidava da comercializa��o da banda, havia morrido.

Naquela noite, "90 dos meus amigos foram assassinados diante de n�s de forma odiosa", continuou Hughes, segurando o �trio com as m�os e olhando nos olhos do membro do tribunal.

Durante muito tempo, ele hesitou em pisar novamente no palco. "N�o sabia se teria for�as para voltar", contou.

"O que os atacantes tentaram naquela noite foi silenciar a alegria da m�sica, mas n�o conseguiram", garantiu. "O mal n�o venceu", disse o cantor, afirmando ter perdoado as "pobres almas que cometeram estes atos".

- Declara��es pol�micas -

Quando o Bataclan reabriu, em 2016, a dire��o informou que o cantor, seguidor do ex-presidente americano Donald Trump e pr�-armas, n�o era mais bem-vindo por causa de suas declara��es pol�micas.

Em v�rias entrevistas no primeiro semestre daquele ano, Hughes disse que os seguran�as da casa foram c�mplices dos jihadistas e afirmou ter "visto mu�ulmanos festejando na rua durante o atentado, em tempo real".

Eden Galindo, de 52 anos, relatou o clima de alegria que viveu antes do ataque. "Era um show incr�vel, tudo estava indo muito bem, todo mundo dan�ava", lembrou.

Momentos depois, ouviu o barulho dos disparos. A princ�pio, pensou que se tratasse de um problema no sistema de som. Mas viu Jesse Hughes correndo em sua dire��o.

"Tinha gente atirando... Corremos... Pens�vamos que fosse parar, mas continuava", contou. "Depois de tudo isso, foi muito dif�cil fazer as coisas com normalidade. Senti que estava destru�do", disse o guitarrista, tamb�m vestindo roupas pretas.

"Nunca voltarei a ser o mesmo", acrescentou, antes de dirigir algumas palavras �s fam�lias das v�timas. "Penso nelas todo dia e rezo por elas", assegurou.

Depois dos m�sicos, cerca de 20 sobreviventes do Bataclan relataram suas experi�ncias traum�ticas e seu sofrimento cont�nuo mais de seis anos depois dos atentados.


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